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​​Visual Law impulsiona setor jurídico e coloca informações simplificadas por meio do design no centro das decisões

​​Visual Law impulsiona setor jurídico e coloca informações simplificadas por meio do design no centro das decisões


Com o avanço da comunicação visual no Direito, cresce a demanda por apresentações que tornam documentos jurídicos mais acessíveis e eficazes Divulgação
PressWorks
A rotina jurídica, historicamente marcada por termos técnicos e documentos extensos, vem passando por uma transformação silenciosa, mas poderosa: a adoção do Visual Law. A técnica, que une design e linguagem acessível para facilitar a compreensão de contratos e processos, por exemplo, tem encontrado terreno fértil nas relações jurídicas entre pessoas e empresas.
De acordo com um levantamento da Thomson Reuters, 89% dos escritórios jurídicos no mundo já consideram a adoção de tecnologias e formatos visuais como prioritária para melhorar a comunicação com clientes e com o Judiciário. Mas o Visual Law também vem ganhando relevância fora do ambiente dos tribunais, especialmente nas relações empresariais. Ao tornar informações jurídicas mais claras, acessíveis e visuais, essa abordagem contribui para decisões mais bem fundamentadas na contratação de serviços, promove transparência e reduz resistências durante negociações. Aplicações simples, como um termo de “Li e Aceito” ou uma fatura de cobrança com itens discriminados de forma visual, são exemplos práticos de como o Visual Law pode melhorar a experiência do consumidor e mitigar dúvidas e retrabalho jurídico. No Brasil, o conceito tem sido abraçado por iniciativas como os Laboratórios de Inovação do Poder Judiciário (os InovaJus) e por escritórios de diferentes áreas, da cível à empresarial.
Neste contexto, a criação de apresentações e documentos jurídicos com visuais e estratégicos tem ganhado espaço. “Estamos falando de uma ferramenta que simplifica o complexo. Uma boa apresentação permite que ideias difíceis sejam transmitidas de forma didática, facilmente compreensível e visualmente atrativa — o que é essencial em um ambiente jurídico cada vez mais orientado à clareza e à experiência do usuário”, explica Felipe Sá, sócio-fundador da Agência Chave Mestra, empresa especializada na criação de apresentações estratégicas e Visual Law.
A proposta do Visual Law é, acima de tudo, tornar o conteúdo jurídico mais acessível. Isso significa usar elementos como infográficos, ícones, fluxogramas e imagens para eliminar barreiras de entendimento, não apenas para leigos, mas também para tomadores de decisão. “Quando um escritório precisa explicar a estrutura de uma holding familiar ou os riscos de um contrato, por exemplo, a apresentação gráfica bem-feita poupa tempo, reduz ruído e aumenta as chances de engajamento”, complementa Felipe.
Além da função comunicativa, apresentações visuais bem construídas também ajudam na persuasão e na memorização de argumentos. Um estudo publicado pela Harvard Business Review mostrou que pessoas retêm até 65% das informações visuais três dias após uma apresentação — enquanto o índice cai para menos de 10% quando o conteúdo é apenas verbal ou textual.
A utilização de recursos visuais no meio jurídico não é novidade, mas a profissionalização dessas ferramentas tem ganhado fôlego com o crescimento de áreas como Legal Design e UX Jurídico. “Hoje, muitos advogados já não querem apenas PowerPoints ilustrativos, e sim narrativas visuais completas que entreguem a mensagem com precisão, sofisticação e impacto”, destaca Felipe Sá.
Outro fator que impulsiona essa mudança é o próprio perfil dos novos profissionais e clientes, que estão mais acostumados a consumir conteúdo visual em diferentes formatos e plataformas. “O tempo é escasso, e a objetividade virou regra. Nesse cenário, quem consegue apresentar ideias complexas com clareza sai na frente — inclusive no Judiciário”, diz o fundador da Chave-Mestra.

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