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Velejador medalhista pelo Brasil deixou o esporte para empreender e hoje patrocina o rival na Olímpiada

Velejador medalhista pelo Brasil deixou o esporte para empreender e hoje patrocina o rival na Olímpiada


Liderada por Matheus Dellagnelo, ex-atleta profissional de vela, a Indicium apoia Bruno Fontes, velejador que representa o Brasil em Paris Apaixonado por esportes desde pequeno, Matheus Dellagnelo começou a testar sua aptidão para diferentes modalidades ainda na infância. Aos sete anos, deu os primeiros passos no esporte que lhe renderia duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos: a vela. Além da dedicação ao esporte, Dellagnelo sempre se manteve aplicado nos estudos e, depois de ficar de fora do time olímpico de 2016, decidiu apostar nos negócios.
Hoje, o empreendedor lidera a Indicium, empresa global de dados que patrocina Bruno Fontes na Olimpíada de Paris. Fontes, que compete na categoria ILCA 7, disputava provas e espaço na equipe olímpica com Dellagnelo. De acordo com o empreendedor, apesar da mudança de carreira, o amor pelo esporte nunca ficou de lado, e a escolha por mudar o caminho profissional foi resultado dos ventos que sopravam naquele momento.
“Quando entrei na escolinha de vela, comecei a gostar disso e fui evoluindo. Fiquei dos 11 aos 15 anos na equipe brasileira e viajei o mundo, foi quando fui me lançando na vela como profissional. Ganhei campeonatos brasileiros, sul-americanos, ouro no pan-americano e entrei na equipe olímpica de vela. Em 2014, eu estava tentando ir para a Olimpíada de 2016, no Rio, mas disseram que mandariam outro atleta e eu ficaria para Tóquio, em 2020”, conta Dellagnelo.
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Na época, já formado em engenharia de materiais, o ex-atleta decidiu passar os seis anos que o separavam de sua possível Olimpíada se dedicando às duas carreiras. Assim, ele buscou um mestrado em gestão de engenharia em Los Angeles (EUA), onde a equipe norte-americana de vela treinava. Com o tempo, o esporte foi se tornando apenas um hobby. Ao voltar para o Brasil, Dellagnelo recebeu um convite para cofundar uma empresa voltada ao setor dados, em 2017.
A Indicium oferece soluções para empresas baseadas em ciência de dados, analytics e inteligência artificial. Os serviços vão desde consultorias estratégicas até treinamentos e desenvolvimento de plataformas e produtos. O negócio conta com mais de 600 projetos no portfólio, incluindo clientes como Pepsico, Bayer e Burguer King.
Quando os dados cruzam o caminho do esporte
Mesmo depois de abraçar a vida de empreendedor, Dellagnelo, que é CEO do negócio, não deixou de olhar para o esporte. Tendo vivido na pele as dificuldades de ser atleta, o empresário decidiu usar sua empresa para apoiar Bruno Fontes, que foi adversário e parceiro de Dellagnelo na equipe olímpica do Brasil entre 2012 e 2014. O objetivo era reforçar a valorização do esporte como cultura do negócio e ainda trabalhar a ação como um investimento em marketing.
“Com o porte da empresa e a Olimpíada vindo, para mim, é um sonho ter ‘um pezinho’ em Paris. Ele [Bruno Fontes] é uma pessoa com quem já batalhei contra, com quem já velejei junto e acompanhei nos últimos Jogos Pan-Americanos de que participei, quando fui ouro na minha categoria e ele prata na dele. Então, é muito bom poder acompanhar a jornada dele e fazer parte disso”, comenta o empresário, que afirma que, mesmo sendo rivais em alguns momentos, os dois se tornaram amigos.
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Apesar de ser o primeiro investimento da empresa em uma Olimpíada, esta não é a primeira vez que a Indicium direciona apoio ao esporte. Em Florianópolis, no 27º revezamento de corrida na Volta à Ilha, que tem 140 km, a empresa patrocinou dois times de funcionários. Segundo o CEO, quem pratica esportes tende a ser mais resilientes e a colocar mais energia nas atividades que desempenha. “É um investimento ganha-ganha”, afirma.
Dellagnelo afirma que, no futuro, espera trazer o esporte para dentro dos serviços oferecidos na Indicium. O objetivo é poder incorporar o trabalho com ciência de dados na gestão administrativa de clubes e empresas esportivas, além do monitoramento de atletas. “O basquete americano é um exemplo muito claro do uso de dados para monitorar arremessos, minutos em quadra e diversos números que colaboraram para uma análise de desempenho”, aponta.
De acordo com o empresário, ainda não há projeção de quando a entrada da empresa no setor de esportes deve acontecer, mas ele afirma que, no mercado norte-americano – que responde por 30% do faturamento do negócio –, já há prospecções de negócios.
Em Paris, Fontes está em busca de uma medalha inédita na carreira na categoria de vela ILCA 7, a mesma disputada por Dellagnelo em outros campeonatos. A estreia do atleta acontece nesta quinta-feira (1°), às 7h.
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