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Tecnologia muda rotina dos MEIs, mas gestão financeira ainda enfrenta obstáculos

Tecnologia muda rotina dos MEIs, mas gestão financeira ainda enfrenta obstáculos


Pesquisa da MaisMei revela como os microempreendedores estão adotando ferramentas digitais para vender, receber e administrar seus negócios com mais eficiência Divulgação
PressWorks
A digitalização da economia chegou com força ao universo dos Microempreendedores Individuais (MEIs). Uma pesquisa da MaisMei , plataforma especializada em apoiar a jornada do microempreendedor, mostra que a tecnologia tem sido uma aliada fundamental para facilitar a gestão financeira e impulsionar as vendas dos mais de 15 milhões de MEIs ativos no Brasil. Entre as ferramentas mais utilizadas estão o PIX, aplicativos de gestão, contas digitais e serviços contábeis online.
Segundo o estudo, realizado com mais de 5.600 respondentes em todo o país, o PIX já é o principal método de pagamento entre os MEIs, sendo utilizado por 59,86% deles — índice que sobe para 65,54% entre os prestadores de serviços. Apesar disso, métodos tradicionais, como dinheiro (11,29%) e transferências bancárias, ainda mantêm espaço, especialmente entre os que atuam com vendas de produtos.
“O PIX se consolidou como uma revolução silenciosa na base da economia brasileira. É rápido, gratuito e acessível, o que facilita muito a vida do microempreendedor que precisa girar o caixa diariamente”, destaca Mateus Vicente, CEO e cofundador da MaisMei. “O microempreendedor brasileiro é adaptável. Ele não espera o futuro chegar: ele usa o que funciona, e rápido”, completa.
A pesquisa também aponta que 41,91% dos MEIs não utilizam maquininhas de cartão. Isso pode indicar uma migração para métodos mais simples e digitais ou, em alguns casos, uma limitação de estrutura. Entre os que ainda operam com maquininhas, as mais populares são as do Mercado Pago (17,78%) e PagSeguro (16,84%).
Na hora de gerenciar o negócio, ainda há um cenário híbrido. Embora 38% dos MEIs usem aplicativos para organizar a rotina do CNPJ — incluindo soluções como o próprio app da MaisMei —, uma parcela expressiva (23%) ainda não utiliza nenhuma ferramenta digital para esse fim. O controle financeiro, por exemplo, ainda é feito com papel e caneta por mais da metade dos entrevistados (51,06%).
“Existe um paradoxo: o MEI adere facilmente a tecnologias para vender e receber, mas ainda resiste quando o assunto é gestão. Isso mostra que precisamos democratizar o acesso à educação em gestão e finanças”, avalia Kályta Caetano, head contábil da MaisMei. “Quando o MEI entende que ferramentas simples ajudam a manter o negócio em ordem e evitar problemas com o governo, ele ganha mais controle para crescer com estrutura e segurança”, diz.
Outro dado que chama atenção é que 66,3% dos empreendedores só procuram um contador quando precisam cumprir obrigações fiscais, como a entrega da DASN ou a emissão de nota fiscal. A busca por uma parceria estratégica e recorrente com profissionais da contabilidade ainda é incipiente, mesmo com 37,65% dos MEIs afirmando que contrataram um contador por sentirem necessidade de orientação especializada.
A pesquisa também mostra que cerca de 23% dos microempreendedores usam contas bancárias pessoais ou não têm conta específica para o CNPJ. Isso pode dificultar a organização financeira e o acesso a crédito. “A separação entre finanças pessoais e do negócio é um divisor de águas na saúde financeira do MEI. Ter uma conta exclusiva é um passo básico, mas poderoso para essa organização”, reforça Kályta.

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