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Startup OneTaste enfrenta julgamento por alegações de indução sexual e abuso no ambiente de trabalho

Startup OneTaste enfrenta julgamento por alegações de indução sexual e abuso no ambiente de trabalho


Empresa, que já foi tema de documentário na Netflix, é investigada por transformar cultura interna em esquema de indução sexual A OneTaste, empresa que se apresentava como inovadora no setor de bem-estar sexual está no centro de um julgamento polêmico nos Estados Unidos. A fundadora da OneTaste, Nicole Daedone, e a ex-chefe de vendas Rachel Cherwitz respondem na Justiça a uma acusação grave: conspiração para trabalho forçado entre 2006 e 2018. O caso é julgado em Nova York.
A startup OneTaste promovia cursos e eventos voltados para o que chamavam de “meditação orgástica” e “sexo lento”, com promessas de empoderamento feminino por meio do prazer. Mas, segundo o Ministério Público local, por trás do discurso de bem-estar, havia uma estrutura de indução e abuso psicológico.
Uma das acusações mais chocantes, relatada por testemunhas no tribunal, envolve uma reunião de vendas em que dois funcionários teriam sido obrigados a manter relações sexuais para, segundo a liderança da empresa, aliviar “tensão sexual” e melhorar os resultados comerciais. Ex-funcionários relataram que recusas e desconfortos eram ignorados, e que a cultura da empresa envolvia hierarquias rígidas e práticas comparadas às de seitas.
A história da OneTaste já havia ganhado repercussão em 2022, com o lançamento do documentário “Orgasmos à Venda: O Lado Sombrio da OneTaste”, da Netflix, que trouxe à tona relatos sobre os bastidores da empresa.
Cinco meses após o lançamento do documentário, Daedone e Cherwitz foram formalmente acusadas. Ambas negam as acusações. No entanto, o caso ganhou novos contornos recentemente: um agente do FBI responsável pela investigação foi acusado por um membro do Congresso dos EUA de ter usado o conteúdo da Netflix como base para produzir provas no processo, segundo fontes do DailyMail.
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O depoimento de uma testemunha identificada como “Max” revelou que empregados eram mantidos de plantão 24 horas por dia, proibidos de tirar folgas ou licenças médicas, e até encarregados de tarefas pessoais da fundadora, como limpar seu quarto de hotel, incluindo o descarte de preservativos.
Outra ex-funcionária relatou que foi instruída a se envolver sexualmente com um dos primeiros investidores da empresa, como parte de sua função. Ela afirma que chegou a pagar US$ 30 mil pelos cursos oferecidos pela OneTaste, valor parcialmente financiado por meio de trabalhos sexuais organizados dentro da própria comunidade da empresa.

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