Startup lança IA para gestão de estoque de negócios gastronômicos a partir do WhatsApp
Alô chefia oferece gestão de compras de produtos, planejamento de produção e relatórios de custos por meio de mensagens de texto. Empresa projeta faturamento mensal de R$ 200 mil para 2025 Em operação desde novembro de 2023, a Alô chefia surgiu com o propósito de auxiliar negócios gastronômicos, como restaurantes e padarias, a controlar seus estoques. A partir de uma inteligência artificial (IA), a startup permite que os empreendedores registrem entradas e saídas de insumos por meio de mensagens de texto ou áudios no WhatsApp. Com os dados enviados, a plataforma otimiza e organiza processos, que incluem atualização de inventário, listas de compras e alertas sobre falta de produtos.
A ideia do negócio partiu de uma vontade do empreendedor Vinicius Zenorini. Depois de trabalhar com processamento de linguagem natural e machine learning, decidiu usar sua experiência para criar uma solução capaz de transformar conversas em estruturas de bancos de dados. O primeiro projeto consistia em uma ferramenta para cientistas gravarem áudios durante os experimentos, mas o produto tomou outro caminho depois que a ideia foi apresentada para um consultor de restaurantes.
“Entendemos que existia uma dor gigantesca, de um mercado gigantesco, que são os restaurantes e outros negócios gastronômicos, e que essa dor poderia ser resolvida a partir desse mesmo conceito de tecnologia”, afirma Zenorini, sócio-fundador e CEO da Alô chefia. A proposta entusiasmou Lucas Brouck, consultor que sugeriu a mudança na abordagem do produto e entrou como sócio do negócio. Fundada em julho de 2023, a startup também tem Pedro Muraki, que é CTO e desenvolvedor, e Fernanda Ferrari, CMO e designer, como sócios.
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Em um cenário em que quase 70% dos bares e restaurantes operam no zero a zero ou no negativo, segundo dados da Abrasel relativos aos primeiros meses de 2024, a Alô chefia tem como objetivo melhorar a rentabilidade dos negócios a partir da gestão da cadeia de suprimentos. Com tecnologia proprietária, a Alô chefia funciona como um contato no WhatsApp, com o qual o empreendedor conversa para registrar entradas e saídas de insumos e pedir informações relativas a esses dados.
Os fundadores da Alô chefia, da esquerda para a direita: Pedro Muraki, Vinicius Zenorini, Fernanda Ferrari e Lucas Brouck
Divulgação
O objetivo do chat é oferecer um meio rápido e simples para a gestão, com possibilidade de fazer os registros por áudio e solicitar respostas para diferentes perguntas, como quantas unidades de determinado produto é possível preparar com o estoque atual e a quantidade de ingredientes necessários para manter a operação durante o mês. Além da conversa no aplicativo, a startup oferece uma plataforma para ser acessada por navegador em que o empreendedor pode visualizar estoques, movimentações e fichas técnicas.
De acordo com Lucas Brouck, que também é proprietário de um restaurante, o produto foi desenvolvido a partir de entrevistas com mais de 40 estabelecimentos, que apresentaram suas principiais dificuldades e demandas. Depois de iniciar a carteira de clientes com quatro restaurantes do Rio de Janeiro (RJ), que chegaram à empresa partir de contatos de Brouck, a startup começou a expandir para outras regiões do Brasil. Atualmente, está presente em todos os estados brasileiros e conta com 590 empresas e 720 usuários cadastrados.
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O serviço custa a partir de R$ 99 por mês e é vendido por meio de planos de assinatura, que variam de acordo com o volume de mensagens e número de usuários conectados à mesma conta. A expectativa da startup é encerrar 2024 com uma receita mensal recorrente (MRR) de R$ 50 mil e quadruplicar o valor até o final de 2025, alcançando os R$ 200 mil.
Para bater as metas de faturamento, a empresa planeja implementar novas funcionalidades — como possibilidade de registros por meio de fotos de notas fiscais e apoio a cálculos de custo médio diário (CMD) — e investir em estratégias de marketing a fim de alcançar novos estabelecimentos.
Para isso, a Alô chefia está levantando uma rodada pre-seed de R$ 560 mil em um valuation de R$ 5,6 milhões. A expectativa é concluir a captação nas próximas semanas e direcionar cerca de 40% do capital a estratégias de growth. A empresa planeja abrir uma nova rodada no segundo semestre de 2025.
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