Rhino, app de mobilidade com carros blindados, capta seed de US$ 3,2 milhões
Lançada pelos russos Daniil Sergunin e Aleksandr Karbankov no início do ano, a startup vai investir em melhorias na plataforma e na expansão geográfica A Rhino, aplicativo de mobilidade urbana que oferece viagens em carros blindados, anuncia nesta quinta-feira (21/11) a captação de uma rodada seed de US$ 3,2 milhões (cerca de R$ 18 milhões), com a participação de investidores nacionais e internacionais. Lançada em janeiro deste ano, a solução da startup já soma 150 mil usuários cadastrados e opera em São Paulo.
Daniil Sergunin, cofundador e CEO da Rhino, conta que a rodada foi fechada em menos de quatro meses, depois de um esforço de entrar em contato com fundos, que trouxeram outros nomes interessados na tese da startup. “Tínhamos a meta de US$ 3 milhões e, ao longo do processo de negociação, vimos que havia demanda maior. Nosso modelo mostra que esse valor é suficiente para nós hoje, não quisemos diluir demais. Se continuarmos com essa demanda, teremos acesso a mais capital nos próximos anos, com outro valuation”, comenta.
A Rhino nasceu das mãos de dois empreendedores russos, Sergunin e Aleksandr Karbankov, que viram no Brasil a oportunidade de desenvolver um conceito mais premium de apps de mobilidade, com corridas feitas por motoristas treinados e carros blindados, com atendimento on demand e por agendamento. Dez meses depois do lançamento, a startup trabalha para democratizar o serviço.
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“Na média, nossas corridas são 50% mais caras do que na concorrência. Conseguimos liberar a tarifa a ponto de ficar atrativa para mais usuários. Não queremos nos limitar ao público AAA e atender cinco pessoas em São Paulo. 50% a mais pelo nível de serviço que prestamos é algo bem razoável”, opina o CEO. Ele afirma que a receita da Rhino tem crescido 40% ao mês, em média, de forma consecutiva desde o lançamento.
Sergunin diz que mais de 70% da aquisição dos 150 mil usuários cadastrados foi orgânica, sem grandes investimentos em marketing. O cofundador diz que a retenção de clientes foi um dos tópicos que ajudou na atração dos investidores, indicando o product market fit. Até o fim do ano, a Rhino investe na estratégia de desconto de R$ 40 na primeira corrida para converter interessados.
“Queremos tirar as barreiras para o primeiro teste porque sabemos que a aderência é altíssima. 99% das avaliações são de cinco estrelas. Qualquer avaliação abaixo disso é analisada internamente por nossa equipe”, acrescenta. Além de atender o público B2C, há algumas semanas a Rhino passou a prestar serviço para o B2B, com Vivo e Azul Linhas Aéreas como clientes.
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O CEO também afirma que a startup não investiu na atração de motoristas para trabalhar para a empresa, mas não revelou a quantidade de profissionais ativos na plataforma. A startup também não divulga quantas corridas realizou desde o lançamento em janeiro.
O capital levantado será direcionado para a melhoria do produto, com o lançamento de funcionalidades pontuais pedidas pelos clientes, vistas em outros apps – como a possibilidade de dar gorjetas aos motoristas –, expansão da área de atendimento para aumentar a aquisição de clientes, e fortalecimento do canal B2B.
Depois de São Paulo, a Rhino pretende desembarcar no Rio de Janeiro até o fim de 2025. 30 mil residentes de outras cidades se cadastraram na lista de espera da startup, mas na opinião de Segurnin, o Brasil tem entre cinco a sete cidades onde a tese funcionaria, baseado em densidade da população e necessidade. Por isso, a expansão internacional já é mapeada para Cidade do México e Bogotá, em 2026. Em um futuro mais distante, a Rhino pretende operar também em cidades africanas.
A Rhino não divulga o faturamento previsto para o primeiro ano de operação, mas estima faturar R$ 50 milhões em 2025. Para chegar nisso, Segurnin acredita que a equipe da startup adquiriu conhecimento para saber o que vai dar resultado. “Paramos de falar ‘eu acho’. Já testamos tudo o que precisávamos e sabemos como seguir nosso plano de crescimento, com melhorias na área de operação, no aplicativo e na densidade”, finaliza.
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