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Restaurante aposta em cashback e atrai mais de 8 mil clientes em um mês

Restaurante aposta em cashback e atrai mais de 8 mil clientes em um mês


Apesar dos bons resultados no delivery, Esfiha Imigrantes sentiu que perdia consumidores no salão e resolveu apostar na estratégia A rede Esfiha Imigrantes, especializada em culinária árabe, conta com quatro restaurantes (três em São Paulo, capital, e um em São Bernardo do Campo, região metropolitana), e está vibrando com os resultados positivos. A estratégia de oferecer cashback nas visitas aos salões veio em boa hora.
“Somos muito fortes no delivery, nossos produtos ‘viajam superbem’. Nossa loja matriz, de todos os restaurantes, de todas as culinárias que estão iFood no Brasil inteiro, está sempre na liderança ou na vice-liderança dos que mais vendem em nível nacional. São mais de 33 mil pedidos por mês só nessa unidade”, conta Filipe Mello, 31 anos, diretor executivo da Esfiha Imigrantes.
Se por um lado isso é ótimo, de outro, acende a luz amarela. “Sentimos que estávamos perdendo público no salão e precisávamos fazer algo para atrair a clientela”, explica Mello. Porque, claro, o ideal é ser forte nas duas frentes, com clientes virtuais e presenciais.
Em dezembro do ano passado, Mello conta, as vendas online bateram 60% do total, superando a receita do salão. “Já vínhamos desenhando a estratégia do cashback e foi o melhor momento para implementá-la”, diz.
O início foi agressivo – de dezembro a março, a cada R$ 50 gastos no ponto físico do restaurante, o cliente ganhava um cashback de 20% para ser utilizado em até 30 dias. A partir de abril, passou a valer a oferta de 10% para cada R$ 100 gastos no salão.
O sucesso foi absoluto: de dezembro a abril, aproximadamente 31 mil clientes demonstraram interesse pelo cashback e 27,5% voltaram ao restaurante dentro do prazo de um mês para resgatá-lo. Esse número foi bem superior à média do que se esperava, que costuma ser de 5%. “Com isso, o faturamento gerado pelo retorno desses consumidores ficou na casa de R$ 1 milhão”, celebra Filipe Mello.
Para potencializar a ação, a Esfiha Imigrantes contou também com uma parceria estratégica do iFood. A empresa de delivery ofereceu cupons de desconto para serem utilizados nas lojas físicas e incentivar novos clientes a conhecerem o local. “Eles foram expedidos 100% pelo iFood e tinham valores que variavam. Alguns, bem agressivos, como o de R$ 100, com pedido mínimo de R$ 101. Neste caso, o desembolso do cliente era de apenas R$ 1”, aponta o diretor.
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Essa ação trouxe R$ 260 mil de faturamento para o restaurante.
Mello conta que ambas as táticas foram importantes não só para levar mais gente ao restaurante, mas também para fidelizar consumidores. “Ouvimos de clientes que, agora com o cashback, eles iriam comer conosco mais vezes”, diz. Além disso, também houve incremento no tíquete médio que passou de, em média, R$ 50 por cliente para, em média, R$ 80 por cliente.
As transações relacionadas ao cashback no salão são feitas com a máquina de adquirência do iFood, o iFood Pago, serviço apelidado de “maquinona”. De acordo com Filipe Mello, no momento de pagar a conta, o cliente é informado sobre a parceria do restaurante com o iFood (sobre o cashback) e perguntado se ele tem interesse em participar. Informações sobre o saldo do cashback e prazos para utilizá-lo, além de promoções e novidades no cardápio são passadas para os clientes pelo WhatsApp.
Mello conta que, após quatro meses, com a ação mais consolidada, estão na fase de compilação de dados para estudar mais atentamente o comportamento do consumidor e utilizar as informações coletadas via “maquinona” para nortear outras estratégias.
“Queremos entender melhor nosso público em relação a faixa etária e como e quanto ele consome, entre outros dados. Até então, nunca tínhamos mapeado nada disso. Vamos estudar e planejar como trabalhar essas informações para criar ações que façam o cliente sair de casa para ir ao restaurante”, afirma o empresário.
História
Se depender do cardápio, os consumidores têm razão de sobra para frequentar a rede Esfiha Imigrantes. Há 49 anos, o restaurante serve o tradicional da culinária árabe. As receitas foram criadas por libaneses que, lá no início – o restaurante foi fundado em 1976 – eram sócios da família Mello. Os Mello se tornaram únicos donos nos anos 1990. Filipe é a terceira geração à frente do negócio, que atualmente tem faturamento de R$ 45 milhões ao ano.
“Nosso carro-chefe e blockbuster disparado é a esfiha de carne. Vendemos mais de 300 mil unidades por mês”, conta o empreendedor. A rede vive desenvolvendo novidades para atrair freguesia: a esfiha de pistache, sobremesa criada no ano passado que ficaria temporariamente no menu, foi incorporada ao dia a dia. “Entramos na onda e a esfiha de pistache caiu no gosto do público”, conta.
Inovação nas receitas, no atendimento e na maneira de lidar com dados estão ajudando a Esfiha Imigrantes a atrair mais clientes e a rumar em direção aos seus 50 anos mais fortalecida.
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