Redes sociais são espaços poderosos para alavancar presença dos pequenos negócios
Em transmissão promovida pela Stone, especialista em marketing digital e empreendedores vencedores da campanha Break Stone detalham estratégias para posicionar bem a marca no online e ainda aumentar as vendas O brasileiro não sai das redes sociais. Segundo o último relatório digital do We Are Social com a HootSuite, mais de 79% da população adulta está ativa nas redes e o país ocupa a segunda posição em tempo diário online. Surfando nessa onda, empresas de todos os portes e segmentos estão investindo em reforçar sua presença em mídias sociais como estratégia de negócio.
Para falar sobre essa oportunidade de mercado e incentivar a maior participação de MEIs, autônomos e pequenas empresas, a Stone promoveu a live “Estratégia digital: uma grande aliada de vendas para pequenos e médios negócios”, no último dia 28 de abril, nas redes sociais de PEGN.
A marca convidou para esse encontro as três empresas vencedoras da campanha Break Stone, a promoção que as levou ao intervalo do programa Big Brother Brasil. O bate-papo ainda foi permeado por insights da consultora e professora dos MBAs em Marketing e Varejo da USP/ESALQ, Liliane Ferrari.
Confira aqui a íntegra da conversa:
As histórias compartilhadas pelos empreendedores provaram que não é preciso ter uma equipe de marketing robusta e nem equipamentos supermodernos para se destacar nas redes e vender mais. “Grandes influenciadores não começaram com sets cheios de luzes, mas com os recursos que tinham”, disse Liliane.
Ela reforçou que o segredo para o sucesso está em conhecer o público e saber se comunicar com ele, entregando um conteúdo atraente. “Acredito na força da personalidade que está à frente do negócio. Independentemente se a marca vai postar várias vezes na semana, no melhor horário, o importante é o envolvimento que ela gera”, disse.
Vendendo bom humor
Abrindo a conversa, Neymar Rud, dono do Kiosque do Neymar, localizado no Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro (RJ), contou como passou a usar as redes sociais para promover seu estabelecimento em 2022. “Depois da pandemia, o quiosque pegou fogo e perdemos tudo. Ganhei visibilidade nas redes e, a partir daí, comecei a focar mais no digital, o que ajudou a me reerguer e hoje estou melhor do que antes”, afirmou.
O perfil do Kiosque do Neymar no Instagram já soma 34,5 mil seguidores e continua crescendo dia após dia. Os conteúdos cheios de bom humor são relacionados ao negócio, ao dia a dia com os clientes e trazem o jeito irreverente de Neymar, que promove identificação com o público.
O empreendedor também contou que a vitória na campanha Break Stone e a exposição na televisão reforçaram o engajamento e o interesse das pessoas pelo quiosque. “Teve muita repercussão, gente me ligando, falando que me viu na Globo. Zerei o game”, brincou.
Liliane comentou sobre a viralização dos conteúdos e a curiosidade de internautas que sequer moram na mesma região. “O maior alcance faz com que o algoritmo entenda que o perfil dele gera interesse, mostrando-o para ainda mais pessoas que um dia poderão passar por ali”, reforçou.
Nas redes desde o nascimento
No segundo bloco, os convidados foram Jeferson Michel Chaicoski e Renan Vergutz, sócios da J&M Ferramentas e Materiais, em União da Vitória (PR). A loja, inaugurada há apenas cinco meses, já nasceu com seu perfil sendo trabalhado nas redes sociais. “No começo os vídeos não eram tão cômicos, mas já vínhamos nessa pegada de humor. Percebemos que vídeo explicativo tradicional não tinha conversão, então fomos nos moldando com o tempo”, lembrou Jeferson.
Michel contou que fizeram um estudo prévio dos concorrentes e perceberam que as lojas da região se comunicam de maneira muito séria. Pensando no profissional que compra na J&M, avaliaram que seria atraente oferecer um conteúdo leve e divertido, explicando os produtos, sem perder o foco na venda. A construção da identidade da marca fez nascer um personagem, o Seu João, que gerou ainda mais identificação e engajamento.
Liliane analisa que os sócios foram muito felizes na comunicação. “Conheça seu público, entenda quem é, veja o que está sendo ofertado para ele e entretenha para vender. Não é simplesmente fazer qualquer brincadeira. É fazer aquela que as pessoas daquele perfil vão gostar, sem se distanciar do negócio”, explicou.
Impulso da viralização
Encerrando a live, mãe e filha, Vânia e Jéssica Kauane Ferreira, da loja Canto da Moda, de Uberlândia (MG), falaram sobre a viralização dos conteúdos. Elas lembram que a marca sempre esteve presente no Instagram, desde a abertura em 2014, quando apenas a mãe cuidava dos negócios.
A entrada de Jéssica para trabalhar o marketing digital foi crucial para o impulsionamento e crescimento da empresa. “Em um dia de vendas fracas, gravei um vídeo que, em minutos, viralizou. Alcançamos 34 milhões de visualizações”, lembra. Aproveitando a oportunidade, elas decidiram fazer uma live shop que, em três horas, vendeu mais de R$ 9 mil.
“Nossa força vem da minha experiência em vendas com a espontaneidade da Jéssica para trabalhar nas redes”, comentou Vânia. Ela ainda reforçou que, mais do que engajar por lá, há uma preocupação genuína em cuidar do relacionamento com o cliente, olhando para a experiência nas lojas físicas. “Não é só o digital, mas a combinação do online com o offline”, complementou a consultora.
Dicas de especialista
Para Liliane, há alguns pontos fundamentais que ajudam no aumento da conversão em vendas por meio do marketing digital. “O primeiro é entender para quem você está produzindo o conteúdo”, reafirmou.
Além disso, a especialista aconselhou uma análise de concorrência para se diferenciar do que já vem sendo ofertado. Outro ponto é a consistência: “Pergunte o que esse conteúdo vai agregar”, provocou.
Ela também frisou que, se houver poucos recursos, vale a pena investir em apenas uma rede social. “Escolha uma em que seja relevante, em que sua marca seja percebida. Não adianta gastar energia em todas as plataformas e acabar patinando.”
