Quem fundou a Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China, que exporta toneladas de café do Brasil
O Brasil e rede de cafeterias, que tem mais de 22 mil unidades, e é apontada como rival do Starbucks, formalizam uma parceria estratégica nesta terça-feira (19/11) O Brasil e a Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China, formalizam uma parceria estratégica nesta terça-feira (19/11), em Brasília. O acordo prevê o fornecimento de 240 mil toneladas de café brasileiro entre 2025 e 2029, consolidando o papel do Brasil como principal fornecedor para o crescente mercado chinês de café. Conhecida por transformar o consumo de café na China, um país historicamente ligado ao chá, o negócio foi fundado pela empresária chinesa Jenny Qian Zhiya.
A história da Luckin Coffee começa em 2017, quando Zhiya, então diretora de operações da UCAR Inc, uma empresa de transporte privado, visualizou uma oportunidade de transformar o consumo de café no país. Com o apoio de Charles Zhengyao Lu, fundador da UCAR, Zhiya desenvolveu um modelo de negócios que unia tecnologia, praticidade e expansão acelerada.
A primeira loja foi inaugurada em Pequim ainda em 2017, e, desde então, o negócio embalou. Após um período experimental com nove lojas, a Luckin Coffee iniciou uma expansão agressiva. Entre janeiro de 2018 e março de 2019, a rede abriu, em média, cinco lojas por dia, alcançando mais de 4.500 unidades e 15 milhões de clientes.
O crescimento atraiu investidores e, em 2019, a empresa realizou uma oferta pública inicial (IPO) na Nasdaq, arrecadando US$ 560 milhões (R$ 3,3 bilhões). Com isso, a Luckin Coffee tornou-se o primeiro unicórnio de cafeterias da China e uma concorrente direta da Starbucks, estabelecida no país há mais de duas décadas.
No entanto, o rápido sucesso foi ofuscado por um escândalo financeiro em 2020, quando a empresa admitiu ter inflacionado suas receitas em US$ 310 milhões (R$ 1,8 bilhão). A revelação resultou na saída de Zhiya da posição de CEO e em uma reestruturação e gestão profunda para recuperar a confiança dos investidores. Fora isso, a empresa enfrentou severas penalidades, incluindo a retirada de suas ações da Nasdaq. Atualmente, a empresa é comandada por Jinyi Guo.
Mesmo com as controvérsias, a Luckin Coffee manteve seu ritmo de crescimento, alcançando mais de 22 mil lojas em 2024, consolidando sua posição como a maior rede de cafeterias do mundo em número de unidades. Sendo o Brasil um parceiro estratégico no crescimento da rede.
Em junho, a Luckin Coffee já havia firmado um contrato inicial de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) para adquirir 120 mil toneladas de café brasileiro até o fim de 2024. Agora, o novo acordo consolida ainda mais a parceria, na medida que o consumo de café cresce nas áreas urbanas chinesas, com a rede se comprometendo a promover o café do Brasil no país.
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