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Quem está por trás da startup que diz ter recriado lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos

Quem está por trás da startup que diz ter recriado lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos


Empresa Colossal Biosciences foi fundada em 2021 por bilionário americano Ben Lamm, junto ao geneticista de Harvard George Church “Despertar as selvas perdidas da Terra”. É com essa promessa que se define em seu site a Colossal Biosciences, e garante combinar “a ciência da genética com o negócio da descoberta”. Agora, ela vive o estrelato depois de dizer ter feito o que os cientistas perseguiram por décadas: reviver espécies extintas, ou algo próximo. O lobo-terrível, famoso pela série “Game of Thrones”, ganhou os noticiários desta semana por parecer ter sido recriado nos laboratórios da companhia. Em 2019, o bilionário de tecnologia e software Ben Lamm, de 43 anos, hoje CEO da empresa, entrou em contato com o geneticista químico de Harvard George Church, de 70, após ler um artigo sobre seu trabalho com mamutes. O encontro deu origem a Colossal, inaugurada em setembro de 2021 com um financiamento inicial de US$ 15 milhões (R$ 87,62 bilhões).
Desde a sua fundação, a startup passou a contar com uma estrutura robusta de 60 cientistas e quatro laboratórios no estado do Texas, nos Estados Unidos.
Segundo eles, o trabalho desenvolvido por lá pode ajudar a enfrentar a extinção em massa das espécies. Isso definem como “reconstruir espécies extintas para garantir a saúde e a biodiversidade do futuro do nosso planeta”.
Cientistas que ‘revivem’ lobos
Em 2021, uma equipe separada de cientistas conseguiu recuperar o DNA dos fósseis de lobos-terríveis, que foram extintos há cerca de 13.000 anos. Com a descoberta de DNA adicional, os pesquisadores da Colossal agora editaram 20 genes de lobos cinzentos para imbuir os animais com características-chave para “reviver” o animal.
Eles então criaram embriões a partir das células editadas de lobos cinzentos, implantaram-nos em mães caninas substitutas e esperaram que elas dessem à luz. O resultado são três lobos saudáveis ​​— dois machos de 6 meses e uma fêmea de 2 meses, chamados Romulus, Remus e Khaleesi — que apresentam algumas características da espécie extinta.
Eles são grandes, para começar, e têm pelagens densas e claras não encontradas em lobos cinzentos. A Colossal está mantendo os lobos em uma instalação privada de 809 hectares em um local não revelado no norte dos EUA.
Beth Shapiro, a diretora científica da Colossal, descreveu os filhotes de lobo como o primeiro caso bem-sucedido de desextinção. “Estamos criando essas cópias funcionais de algo que costumava estar vivo”, ela disse em uma entrevista.
Mamutes de volta: um ‘grande objetivo’
Antes de anunciar a recriação do lobo extinto há mais de 10 mil anos, a startup já havia informado em fevereiro que conseguiu um investimento de US$ 10,2 Bilhões (R$ 59,58 bilhões) para realizar seu “grande objetivo”: ressuscitar um mamute.
O processo foi iniciado com a escavação de restos da espécie no permafrost do Ártico. Os pesquisadores, em seguida, buscaram o sequenciamento do genoma do mamute para identificar as diferenças em relação ao parente vivo mais próximo, o elefante-asiático.
A empresa espera criar um filhote de mamute lanoso até 2028. A espécie, que pesava entre seis e oito toneladas, tinha uma importância para o habitat por ajudar na preservação da vegetação, ao pastar nas redondezas.
A Colossal Biosciences deseja ressuscitar também as espécies dodô e o tigre-da-tasmânia. Existe a possibilidade de que um destes animais retorne antes mesmo do mamute, como foi o caso do lobo-terrível.

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