Post viral de filha de empreendedor comove web e ajuda a salvar restaurante da falência: ‘Voltou a viver’
Fundado em Fortaleza há 25 anos, restaurante Costela recebeu inúmeras mensagens de apoio e clientes, que ajudaram o negócio a se reerguer Um restaurante tradicional de Fortaleza (CE), o Costela, fundado em 2000 por Gilberto de Holanda, de 74 anos, ganhou uma nova chance de crescer graças a uma postagem simples, feita por sua filha, Isabel Andrade, de 27 anos, na rede X. A publicação viralizou, alcançou 3,1 milhões de visualizações, e transformou a rotina do empresário, que por pouco não fechou as portas após anos de luta.
A história do Costela começou de maneira humilde. Instalado inicialmente em um terreno com chão de terra, no bairro Maraponga, em Fortaleza, o restaurante surgiu da paixão de Holanda por um corte de carne específico. “Eu conheci um catarinense que fazia uma costela maravilhosa. Acreditava muito naquele produto, mesmo depois de duas tentativas que não deram certo. Mas eu insisti. Sempre achei que era um produto único”, relembra ele.
O nome do restaurante também nasceu de uma brincadeira. Inspirado pelos nomes populares da época como “Picanha & Cia.”, Holanda decidiu embarcar na onda: “Falei pra um amigo que ia chamar de Costela S.A., e acabou pegando só como Costela mesmo. Mas o nome registrado é esse: Costela S.A.”.
O Costela é popularmente conhecido na região
Divulgação
Durante duas décadas, o restaurante cresceu, chegando a empregar 36 funcionários e operar em um terreno de 3 mil metros quadrados em uma das principais avenidas da cidade. Mas a pandemia de covid-19, iniciada em 2020, derrubou tudo. “Eu tinha três lojas, uma delas em shopping, uma folha de pagamento de mais de R$ 70 mil, só de aluguel pagava R$ 25 mil. De repente, veio o decreto do governo e fechou tudo. Nunca mais consegui me recuperar.”
Entre tantas idas e vindas, Holanda decidiu reabrir o Costela em janeiro deste ano no mesmo ponto. A retomada foi difícil, com o movimento ainda pequeno. Até que, em uma sexta-feira à tarde, sua filha, Isabel Andrade, postou um vídeo contando a história do pai e do restaurante. “Ela chegou às 18h no restaurante e me contou. Disse que estava viralizando. No dia seguinte, o movimento foi absurdo. No domingo, foi ainda mais. Nunca tive tanta gente.”
Initial plugin text
Clientes vieram de bairros distantes, filas se formaram na porta e ele viu seu faturamento saltar de R$ 80 mil para R$ 130 mil naquele mês. “Foi uma explosão. A costela leva entre 8 e 10 horas pra ficar pronta, então não tinha como dar conta de tanta gente. Mas foi emocionante”, conta.
O impacto nas redes foi além das vendas. Mensagens emocionadas chegaram de todos os cantos. “Teve gente que contou que foi no Costela quando descobriu que ia ser pai. Outros diziam que os avós iam lá, que a comida fazia parte da história da família. Isso me deu uma força enorme”, relata emocionado.
Hoje, o restaurante opera com 20 funcionários e Holanda está à frente de tudo, das compras ao atendimento. “É diferente. O cliente gosta quando o dono vai até a mesa, os funcionários se sentem mais motivados. O olho do dono faz a diferença.”
Com o novo fôlego, ele planeja retomar o crescimento. “Minha expectativa é voltar a ser o que era. E quem sabe, no futuro, abrir novamente uma unidade na Maraponga, onde tudo começou.”
O Costela funciona na capital do Ceará, bem próximo à Praia do Futuro, e tem como carro-chefe a costela assada no sal grosso, que leva de 8 a 10 horas de cozimento em churrasqueira tradicional. O prato sai por R$ 129 o quilo, ou em versões completas, como a costela com baião de dois e batata frita, por R$ 99 para duas pessoas.
O prato é carro-chefe no restaurante
Assessoria
A repercussão espontânea mostrou que, às vezes, tudo que uma história precisa é ser contada. E a de Holanda, marcada por resiliência e paixão, tocou corações e reacendeu um negócio com sabor de tradição.
Leia também
