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Planne, plataforma de e-commerce para atrações turísticas, levanta rodada de R$ 2,8 milhões

Planne, plataforma de e-commerce para atrações turísticas, levanta rodada de R$ 2,8 milhões


Startup vai direcionar o capital para desenvolver soluções e contratar profissionais sênior A turistech Planne, plataforma de e-commerce que auxilia atrações turísticas a profissionalizar as vendas, anuncia nesta sexta-feira (28/3) a captação de uma rodada de R$ 2,8 milhões liderada pela Stamina VC e acompanhada por Surfside Capital, WOW Aceleradora, Westwood Capital e os anjos João Del Valle (CEO da EBANX) e Mauro Levinbook (ex-Rextur Advance). PEGN teve acesso às informações com exclusividade.
A startup se define como a “VTEX para o mercado de atividades e atrações turísticas”, oferecendo um braço comercial digital para operações de negócios como parques, atrações e restaurantes. A principal atuação é no processamento de pagamentos, com split entre os players que participaram da transação, mas a Planne também possibilita venda de ingressos, reserva de mesas e antecipação de recebíveis para os parceiros, o que, segundo a startup é uma vantagem em um mercado que sofre com sazonalidade de temporadas.
“40% do dinheiro de quem viaja está nos passeios e experiências, é um mercado muito fragmentado e desconectado das operadoras de turismo. São muitas operações pequenas, pouco digitalizadas. Queremos ser a cola para que esses players falem entre si”, aponta Gregório Nardini, 30 anos, cofundador e CEO da Planne. Cerca de 400 clientes utilizam as soluções da startup atualmente, com concentração em pólos turísticos, como Foz do Iguaçu (PR), Rio de Janeiro (RJ) e cidades do interior de Minas Gerais.
A Planne surgiu em Gramado (RS). Segundo Nardini, foi difícil fugir do turismo após crescer em uma cidade que recebe mais de 6 milhões de visitantes por ano. Ele fundou o negócio em 2018, com Jonathan Szablevski, 30 anos, um amigo de infância.
A dupla já havia empreendido anteriormente: aos 16 anos, eles montaram uma software house e desenvolveram sites para restaurantes e hotéis da região da serra gaúcha. Os amigos tentaram se afastar do turismo e empreenderam com uma plataforma para busca de empregos, mas o negócio não deu certo.
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Foi quando eles decidiram usar a experiência adquirida para apostar no potencial da cidade. Eles programaram a versão inicial da plataforma e conseguiram os primeiros clientes. Quando sentiram que o negócio engrenou, deixaram os empregos para focar 100% na Planne. Um mês depois a pandemia de covid-19 teve início, impactando fortemente o setor de turismo.
Na mesma época, a Planne entrou no processo da WOW Aceleradora, mas não passou de primeira. Na segunda tentativa, veio a aprovação. “Conseguimos traduzir bem os nossos números e estávamos crescendo porque o mercado teve de se digitalizar. Eu e Jonathan sabíamos programar, já tínhamos construído várias coisas e éramos resilientes, largamos tudo para focar na startup, o que deu confiança de que iríamos até o fim para dar certo”, conta.
A startup recebeu seu primeiro cheque em 2020, de R$ 160 mil, sendo parte da WOW e parte da Stamina – na época, ainda sob o nome Aimorés Investimentos. “Seguimos a estratégia de picotar o seed para aumentar o valuation médio e ter um cap table saudável, pela diluição e presença de investidores alinhados ao negócio”, afirma. Em 2022, a Planne captou uma rodada de R$ 1,5 milhão liderada pela Aimorés e acompanhada pela Surfside. No mesmo ano, Marco Antônio Birck, 27 anos, juntou-se ao time fundador.
A turistech ainda queima caixa por estratégia, para ter um crescimento mais rápido. A ideia, segundo o CEO, é trabalhar nos próximos anos com o que a startup gera de receita e o que foi captado na rodada atual. “A nossa ideia de receber aporte sempre foi pela sensação de perder oportunidades. Precisamos investir bastante em tecnologia para criar inovações para o setor”, diz.
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Com cerca de 30 pessoas no time, a Planne vai usar o novo investimento para fazer contratações mais sênior e colocar em prática o plano de lançamento de soluções com inteligência artificial e de orquestração de pagamentos. “Neste ano, o orçamento vai para pesquisa e desenvolvimento, tirar ideias do papel para surfar um crescimento agressivo nos próximos anos”, revela.
Entre as novidades estão uma tarifa dinâmica para atividades e atrações turísticas – algo já implementado por hotéis e companhias aéreas –, baseado em clima, antecedência de compra e ocupação do local, e o uso de inteligência artificial para conectar negócios e fazer recomendações de combinações de pacotes.
A estimativa é atingir R$ 250 milhões em vendas em 2025, um crescimento de cerca de 25% em relação a 2024, quando a startup bateu recorde apesar do desastre das enchentes no Rio Grande do Sul. “Foi um momento muito desafiador pelo fechamento do aeroporto. Do ponto de vista emocional também foi muito difícil, tivemos colaboradores que ficaram desalojados por alguns dias. Mas estávamos com um bom nível de caixa e não precisamos fazer nenhum layoff”, comenta.
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