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‘Parte da sociedade não quer carteira assinada, quer empreender’, diz Lula em evento do programa Acredita

‘Parte da sociedade não quer carteira assinada, quer empreender’, diz Lula em evento do programa Acredita


Encontro aconteceu nessa sexta-feira (18/10), em São Paulo, e contou com a presença de ministros O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento “Acredite no Seu Negócio”, nessa sexta-feira (18/10), em São Paulo, para apresentar o programa Acredita. A iniciativa do governo foi anunciada no primeiro semestre, mas sancionada apenas na semana passada. Verticais que já vinham sendo implementadas por meio de Medidas Provisórias, como Desenrola e ProCred360, agora fazem parte da Lei 14.995/2024.
Durante o evento, Lula disse que “uma parte da sociedade não quer ter carteira assinada, quer empreender” e que isso deve ser considerado pelo governo ao traçar planos de incentivo. “É preciso que a gente aprenda que o mundo do trabalho mudou no Brasil, não só pelos avanços tecnológicos, mas pelos avanços educacionais”, afirmou.
A cerimônia contou com a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Márcio França (Empreendedorismo), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Alexandre Padilha (secretaria de relações institucionais).
Também estiveram presentes representantes de entidades de fomento ao empreendedorismo, como Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora (RME), e Décio Lima, presidente do Sebrae. Entre a sanção da lei e o evento desta sexta, o Sebrae diz ter atendido a mais de 300 mil empreendedores com interesse em obter crédito pelas iniciativas do Acredita, como o ProCred 360.
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Entenda
Sancionado no último dia 10/10 pelo presidente Lula, o programa Acredita é dividido em quatro eixos:
Acredita no Primeiro Passo: microcrédito para inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
Acredita no Seu Negócio: engloba a renegociação de dívidas e expansão da oferta de crédito para o público que vai desde microempreendedores individuais (MEIs) a médias empresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões;
Acredita no Crédito Imobiliário: a iniciativa prevê o fortalecimento de um mercado secundário de crédito imobiliário;
Acredita no Brasil Sustentável: é uma proteção cambial para projetos ambientalmente sustentáveis de longo prazo;
Programas que integram o Acredita, como o Desenrola Pequenos Negócios e o Procred360, tinham sido lançados como Medida Provisória em 22 abril deste ano, com validade de 120 dias, e foram suspensos em agosto. Agora passam a valer por meio da lei.
Márcio França, titular da pasta do Ministério do Empreendedorismo, da Micro Empresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), disse à imprensa que um Desenrola específico para quem tem débitos em atraso com o governo, como o Pronampe, está em desenvolvimento. “Tem R$ 350 bilhões de protestos com o governo que são de pequeno porte”, disse.
Primeira faixa mira formalização
O destaque é o eixo que beneficia a baixa renda, com apoio direto às pessoas que constam no CadÚnico, que é o controle de benefícios do governo, como o Bolsa Família. A ideia é fomentar a formalização de autônomos nessa faixa de renda.
O Sebrae identifica que, entre os 15,5 milhões de MEIs formalizados no Brasil, 4,6 milhões estejam inscritos no CadÚnico. De acordo com o ministro Wellington Dias, a meta é impactar 1 milhão de CNPJs oriundos do CadÚnico em até um ano. Ele também afirmou que vai acompanhar como o crédito tem chegado às pessoas. “[Juros] acima de 10%, nem pensar. É IPCA+6%”, disse.
De acordo com França, essa linha deverá ter um tíquete médio de até R$ 15 mil e o beneficiado poderá seguir recebendo o Bolsa Família até que consiga “andar com as próprias pernas”.
Lula disse que o Acredita “precisa se tornar conversa de bar”, e fez um apelo aos bancos para que as pessoas possam ter acesso ao crédito, com mais informação. “Vamos proibir que a burocracia atrapalhe o Acredita de funcionar”.
Procred 360
O Programa de Crédito e Financiamento de Dívidas de Microempreendedores Individuais e Microempresas (Procred 360) é destinado à renegociação de dívidas de MEIs e microempresas, com juros 50% menores do que os praticados atualmente pelo mercado. Para participar, as empresas devem ter um faturamento anual de até R$ 360 mil.
De acordo com o Governo, com base em dados do Banco Central, as taxas médias para microempresas no mercado ultrapassam 40% ao ano, enquanto a taxa máxima do Procred estaria em 15,75% ao ano.
O objetivo é que sejam liberados R$ 5 bilhões em crédito pelos bancos parceiros. Para isso, o governo direcionará R$ 1,5 bilhão às instituições por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), remanescentes do FGO do programa Desenrola para Pessoas Físicas.
O Acredita também prevê o lançamento de novas linhas, como uma destinada à renovação da frota de taxistas, ainda no âmbito do Procred.
Desenrola Pequenos Negócios
Dentro do pacote do Acredita no Seu Negócio, é destinado à renegociação de dívidas de MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte (EPP), com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. A mecânica envolve a oferta de incentivos fiscais para instituições financeiras que participem do projeto até o final de 2024. De acordo com o Governo, as dívidas vêm sendo renegociadas com descontos de até 95%.
Novas linhas de crédito
O Acredita prevê o lançamento de novas linhas de crédito, como uma destinada à renovação da frota de taxistas, no âmbito do Procred. O Pronampe também passará por uma ampliação, com mais prazo de pagamento e carência de até 12 meses das operações de crédito.

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