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Parque temático de azeite em Gramado projeta receber 250 mil pessoas neste ano

Parque temático de azeite em Gramado projeta receber 250 mil pessoas neste ano


Em seis anos, família fundadora transformou 150 hectares de terra em área produtiva com quase 20 atrações diferentes Foi um senso de “dever” com a comunidade que fez a família Bertolucci transformar um espaço de reflorestamento de mais de 150 hectares, que funcionava como madeireira, na Área de Preservação Permanente em que hoje está o parque Olivas de Gramado, na cidade gaúcha de mesmo nome. Fundado em 2018 e totalmente voltado a experiências de olivoturismo, o complexo espera receber 250 mil pessoas em 2025, um ano após sofrer prejuízos com as enchentes históricas que assolaram o Rio Grande do Sul.
“Foram perdas astronômicas. A estrada que dá acesso ao parque desabou. Precisamos reconstruir e criar um acesso secundário. Foram 45 dias fechados, com faturamento zero, e os funcionários em férias coletivas”, conta o sócio-proprietário André Bertolucci. “Tínhamos futuro incerto, mas, em conjunto com entidades ligadas ao turismo e poder público local, fizemos um ótimo trabalho para consegui minimizar os danos, principalmente manter os empregos de uma região que vive predominantemente do turismo e investir para garantir acessibilidade, já que tivemos o aeroporto Salgado Filho também fechado por muito mais tempo do que deveria.”
Em 2023, o Olivas recebeu 200 mil pessoas. O crescimento previsto para este ano, segundo Bertolucci, tem a ver com fatores como demanda reprimida e clima. “Esperamos mais frio”, comemora. A região serrana em que fica Gramado é conhecida como um destino de inverno. No último ano de temporada “normal”, porém, as temperaturas ficaram acima da média.
O ingresso de entrada do Olivas, cujo valor por pessoa varia a depender da temporada e pode chegar R$ 129 na bilheteria, dá acesso às dependências. Há cerca de 20 experiências, que são cobradas à parte, como degustações, cesta de piquenique e o passeio com “bicicletas voadoras” sobre os olivais.
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A área em que acontecem as atrações sensoriais foi inaugurada no ano passado e abriga também uma loja com mais de 300 itens que vão além dos azeites premiados da empresa, que produz em baixa escala. “São cinco varietais extravirgens e 25 azeites infusionados próprios”, lista Bertolucci, que também é mestre lagareiro e azeitólogo.
Segundo ele, a ideia foi criar um conceito que traz experiências novas e prioriza parcerias locais, com pequenos produtores e empreendimentos. “As collabs incluem cosméticos, geleias, bebidas e cerâmicas. Há também itens inéditos no mundo, como gim e grappa de oliva. O chope de oliva e o azeite de chocolate são os primeiros da América Latina”, fala.
Para este ano ainda, o parque deve inaugurar uma cafeteria e aumentar ligeiramente a produção dos olivais. A missão, no entanto, não é escalar a produção de azeite, que beira as 20 toneladas. “Nossa ideia não é estar em prateleira de supermercado, mas sim criar produtos de altíssima qualidade e experiências ligadas ao universo do olivoturismo”, afirma Bertolucci.
Na loja, o preço médio dos azeites gira entre R$ 95 e R$ 100 o vidro com 250 ml. O Terroir Serrano, premiado com medalha de prata no New York International Olive Oil Competition, nos EUA, custa R$ 99 (250 ml). “A gente não quer vender azeite, a gente quer vender experiência. O azeite é para ser souvenir da experiência”, finaliza o empreendedor.
A jornalista viajou a convite do Connection Terroirs do Brasil.
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