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O que rolou no South Summit Brazil 2025; Mombak levanta R$ 100 milhões com BNDES: os destaques da semana no ecossistema

O que rolou no South Summit Brazil 2025; Mombak levanta R$ 100 milhões com BNDES: os destaques da semana no ecossistema


Quarta edição do evento reúne milhares de pessoas em Porto Alegre (RS) até esta sexta-feira (11/4) O ecossistema de inovação brasileiro desembarcou em Porto Alegre (RS) nesta semana para participar da quarta edição do South Summit Brazil, evento espanhol realizado na capital gaúcha desde 2022. PEGN também marcou presença por lá e, nesta edição da newsletter, você confere alguns destaques da programação.
Outros anúncios importantes foram feitos durante a semana, como o investimento de R$ 100 milhões que a Mombak, de remoção de carbono da atmosfera, recebeu do BNDES.
Empresas também aproveitaram a semana do evento para anunciar oportunidades para startups — na região Sul e em todo o Brasil.
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Boa leitura!
South Summit Brazil 2025
Resiliência foi a palavra de ordem desta edição do South Summit Brazil 2025. O evento, que teve início na quarta-feira (9/4) e se encerra nesta sexta-feira (11/4), está em sua quarta edição no país e regressou para Porto Alegre (RS) quase um ano após as enchentes que afetaram cerca de 30% da cidade e impactaram 45 mil negócios da capital gaúcha, segundo a Prefeitura.
A conferência acontece no Cais Mau, à beira do Guaíba, local que foi duramente impactado pela cheia das águas e retratado em imagens quando estava completamente submerso. O assunto foi tema de diversas palestras acompanhadas por PEGN: os painelistas tomaram um tempo antes das apresentações para elogiar a força do povo gaúcho.
Neste ano, para fugir do forte calor que marcou a edição anterior, realizada em março de 2024, o evento foi postergado para o início de abril. A organização também instalou ares-condicionados potentes nos galpões onde acontecem os painéis, que abordaram temas como inteligência artificial, resiliência climática e oportunidades de investimento de venture capital no Brasil, entre outros. O South Summit Brazil estima que 24 mil pessoas tenham participado desta edição.
PEGN desembarcou em Porto Alegre para acompanhar o evento e traz alguns destaques do South Summit Brazil 2025:
Apoio ao empreendedor
Donos de negócios que foram afetados pelas enchentes tiveram uma programação especial no South Summit Brazil 2025. A iniciativa Impulsa RS, lançada durante o evento, contou com um Balcão de Apoio ao Empreendedor, com suporte por meio de acesso a crédito, financiamento, mentoria especializada e capacitação executiva. O espaço também teve palestras de temas como gestão, finanças, marketing e inovação.
Inteligência artificial
Como tem sido praxe nos últimos dois anos, a IA também pautou muitas das conversas realizadas nesta edição do evento. Alex Szapiro, do SoftBank, foi um que abordou o assunto. Segundo o investidor, a IA não é uma onda, mas um tsunami. “É a revolução industrial da inteligência”, declarou.
Ele diz que a tecnologia trará um avanço em frentes em que a América Latina costuma estar mais atrasada, como infraestrutura, educação e saúde, o que abrirá oportunidades de investimentos. “Não haverá diferença se você estiver no Brasil ou na África, as ferramentas estarão disponíveis para todo mundo”, afirmou.
Além do uso da IA para ganho de eficiência por startups, a tecnologia também está sendo testada pelos fundos para facilitar o dia a dia da operação. Fernando da Silva, da Crescera Capital, revelou que a gestora está trabalhando no uso de agentes para a camada inicial de análise de deal flow, treinando-os com os dados da própria instituição. “Existe uma capacidade de analisar e fazer correlações entre informações que humanos não conseguem fazer”, declarou. Segundo ele, o objetivo final é trazer esse agente para dentro do comitê de investimentos e fazer questionamentos aos fundadores, lado a lado com os investidores humanos.
Já Gabriel Alves, da Headline, pontuou que a IA já está sendo utilizada para cometer fraudes, como a criação de dados falsos pelo ChatGPT para tentar mostrar resultados enganosos aos investidores. “Quem fizer a diligência vai encontrar um novo tipo de dificuldade a partir de agora”, comentou.
Tarifaço
As últimas notícias envolvendo as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump a países como China, Japão e Brasil também repercutiram no South Summit Brazil 2025, seja no palco ou nas conversas de bastidores.
Para Pedro Sorrentino, da gestora Atman, o momento se soma a vários outros acontecimentos macroeconômicos que impactam o mercado de capital de risco, como a inflação e as altas taxas de juros. “O dinheiro ficou mais caro, a festa acabou, houve uma mudança na forma como olhamos os investimentos”, pontuou.
Ainda assim, ele afirma que é um bom momento para empreender: “Nunca tivemos tanta oportunidade de ter empresas que valem tanto tão rápido [por causa da IA], estamos na era da alavancagem infinita”, afirmou.
Frederico Wiesel, da Spectra Investments, destacou que o venture capital é uma classe de ativos que prevê retornos longos, após cerca de 10 anos e, portanto, ações pontuais não deveriam impactar tanto o mercado. “O que aconteceu há duas semanas não deveria mudar a minha visão sobre a classe nos próximos anos. O mundo é bastante cíclico e temos que buscar empresas que aguentem as mudanças, resilientes para superar os vales”, opinou.
Leandro Pereira, sócio da KPTL, acredita que é pouco provável que as condições anunciadas (e depois suspensas) recentemente se mantenham. “A longo prazo, acho que terá menos impacto do que a gente imagina no fluxo de capital. A leitura que temos é que é um jogo de xadrez geopolítico para mexer com questões menos relevantes [para o venture capital]”, afirmou.
Dicas de empreendedorismo
Os palcos do South Summit Brazil 2025 também receberam painéis em que investidores e empreendedores deram dicas de boas práticas para pessoas fundadoras de startups. A importância de construir um bom time foi um dos tópicos abordados. Juliana Binatti, do unicórnio Pismo, relembrou a ocasião em que ter uma equipe de fundadores com skills complementares e em sincronia ajudou a mudar os rumos da fintech.
Brian Requarth, cofundador do Vivareal e da Latitud, contou que superou os “invernos” como empreendedor ao criar uma comunidade com outros fundadores, na qual podiam compartilhar as dores da jornada.
Em outra conversa, com Carol Strobel (Antler), Gabriel Alves (Headline) e Fernando da Silva (Crescera Capital), os investidores apontaram algumas características que mostram que os fundadores são fora da curva e merecem um destaque especial – além dos sinais de alerta.
Aportes
Mombak. A startup dedicada à remoção de carbono da atmosfera recebeu um novo aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que totaliza R$ 100 milhões, dos quais R$ 80 milhões virão do fundo climático e R$ 20 milhões do programa BNDES Finem. A empresa será a primeira a acessar recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima voltados a essa finalidade, iniciativa lançada em 2023. A liberação dos recursos está condicionada à concessão de fiança bancária pelo Santander. Os valores serão destinados ao reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, com foco na expansão dos projetos da Mombak no estado do Pará.
Beeviral. A plataforma SaaS especializada em “member get member” captou R$ 2 milhões em uma rodada que incluiu Anjos do Brasil, Curitiba Angels, Westwood Capital, Valora Ventures e Quintal Ventures e Wow Aceleradora. A martech auxilia empresas a crescerem com base em indicações qualificadas, e destinará 50% dos recursos no desenvolvimento tecnológico, com foco em soluções baseadas em inteligência artificial que potencializem os programas de indicação. A empresa também planeja expandir a rede de parceiros e canais de venda, além de investir na capacitação de empresas para a adoção de estratégias de crescimento por recomendação.
Movimentações
Injeção de capital na LatAm. O novo relatório da plataforma de dados Sling Hub, do primeiro trimestre de 2025, destaca o surgimento de um novo unicórnio na América Latina. A mexicana Plata Card captou US$ 160 milhões em uma rodada Series A, alcançando um valuation de US$ 1,5 bilhão. O período foi dominado por rodadas em estágios iniciais, com o Brasil mantendo sua posição de liderança na região — responsável por 55% das rodadas e 42% do volume total investido. O volume total de investimentos chegou a US$ 1,1 bilhão, do qual o Brasil recebeu US$ 482 milhões. No total, foram registradas 147 rodadas de investimento, sendo 81 no Brasil. A mediana das rodadas na região foi de US$ 2,1 milhões, e no Brasil, de US$ 2,7 milhões. O tipo de investimento mais comum foi pré-seed, com 25 rodadas na América Latina, 12 delas no Brasil. Setorialmente, as fintechs lideraram ao receber 52% do volume investido.
Oportunidade no RS. Anteriormente chamada Catarina Capital, a gestora Primus Ventures lançou, no dia 8 de abril, na semana do South Summit Brazil em Porto Alegre (RS), um fundo de R$ 100 milhões voltado a startups da Região Sul do Brasil. O foco são empresas B2B em estágios iniciais de crescimento e com operação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entre os setores desejados estão fintech, retailtech, insurtech, healthtech, IoT, indústria 4.0, agritech, energia e infraestrutura de TI. Os aportes variam de R$ 500 mil a R$ 10 milhões por negócio, incluindo follow-ons, e a Primus Ventures pretende realizar entre 15 e 20 investimentos ao longo do ciclo do fundo. A seleção de startups será feita de forma contínua a partir do segundo semestre de 2025.
Oportunidades
Reconhecimento internacional. A KPMG está com inscrições abertas para o prêmio internacional Global Tech Innovator 2025, que tem como objetivo reconhecer startups de tecnologia inovadoras e com potencial de escalar globalmente. Podem se candidatar empreendedores que tenham empresas registradas no Brasil, em operação há até sete anos na estrutura atual, com receita gerada ou projetada entre US$ 1 milhão e US$ 15 milhões, ou que tenham captado ao menos US$ 500 mil em patrimônio líquido. A etapa final no Brasil escolherá a startup mais inovadora, que representará o país na final global do Global Tech Innovator 2025. Os responsáveis pelas startups devem preencher o formulário disponível no link de inscrição até o dia 21 de julho.
Foco no setor energético. Empreendedores com soluções para o setor de energia já podem se inscrever no Global Impact Challenge (GIC) Brazil, competição internacional promovida pela SingularityU Brazil, que realiza a primeira edição do desafio no Brasil. Os três projetos de maior destaque poderão representar o Brasil no Global Impact Awards, premiação internacional marcada para dezembro. Para participar, os interessados devem ter fluência em inglês, ser fundadores de uma startup já estabelecida (em fase de ideação, protótipo, MVP ou piloto) e estar dispostos a viajar ao Vale do Silício, nos Estados Unidos. As inscrições estão abertas até 30 de junho por meio do site.
Inovação aberta. Durante a semana do South Summit Brasil, o Instituto Caldeira lançou uma nova edição do Conecta, programa que aproxima startups de grandes empresas. Neste caso, são elas Renner Hermann, SLC Agrícola, Web Continental, John Deere e Sicredi, que apresentarão demandas a serem solucionadas por startups de todo o país. As startups selecionadas participam de um Pitch Day, no qual apresentam suas soluções diretamente aos representantes das empresas. Por fim, o Instituto Caldeira acompanha o processo de conexão e evolução das negociações, apoiando o avanço das parcerias entre startups e corporações. As inscrições vão até 8 de maio, neste link.
Aporte e mentoria. Também realizado pelo Instituto Caldeira, o Invest Match é um programa voltado para startups operacionais com sede no Rio Grande do Sul que já tenham clientes ativos, faturamento recorrente e estejam em busca de capital entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões para acelerar seus negócios. O programa oferece preparação para captação, com 15 encontros que incluem mentorias coletivas, masterclasses e treinamentos com fundos de investimento. Os temas abordam projeções financeiras, valuation, governança, due diligence e estruturação do data room. Ao final do processo, as startups participam de rodadas de matchmaking com investidores e têm acesso a oportunidades de crédito e subvenção por meio de programas como Finep e Sebrae. Empreendedores podem se inscrever até 31 de maio no site da iniciativa.
Mulheres empreendedoras. A presidência brasileira do Brics — bloco formado atualmente por 11 países — lançou o Brics Women’s Startups Contest 2025, que quer impulsionar o empreendedorismo feminino como motor de desenvolvimento econômico e inovação sustentável. A iniciativa é voltada a startups lideradas por mulheres dos países membros (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos) e também de países parceiros: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Startups do Quirguistão, Moçambique, Lesoto, Zâmbia e Zimbábue também poderão participar, desde que já atuem nos mercados do Brics ou apresentem planos consistentes de expansão para esses países. As inscrições estão abertas até 4 de maio por meio do site oficial do programa.
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