O que aconteceu com a Laser Fast: Justiça suspende atividades e determina bloqueio de R$ 28,2 milhões
Empresa de depilação a laser é acusada de suspender ou não entregar serviços, não oferecer reembolso e vender pacotes enganosos A Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu as atividades da Laser Fast no Brasil e no exterior, além de bloquear R$ 28,2 milhões em bens e valores – quantia inclui o pedido de R$ 10 milhões por danos morais coletivos. A decisão foi divulgada na última terça-feira (29/4).
A empresa, que possui unidades no Brasil e no exterior, é acusada de realizar vendas enganosas de pacotes de depilação a laser, não entregar os serviços contratados e nem oferecer o reembolso devido aos clientes. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a ação foi ajuizada após mais de 37 mil reclamações contra a empresa, das quais 13.708 não foram respondidas.
A decisão ainda estabelece o bloqueio do perfil da marca no Instagram e a obrigatoriedade de divulgação pública sobre o encerramento das atividades. No entanto, até o início da tarde desta quarta-feira (30/4), o perfil e site da empresa estavam funcionando normalmente, sem qualquer menção à decisão judicial. Procurada por PEGN, a Laser Fast não se manifestou até o fechamento do texto. O espaço segue aberto.
“O MPDFT solicitou o bloqueio dos bens dos responsáveis pela empresa para garantir que respondam pelos danos causados aos consumidores e evitar a dilapidação do patrimônio. A ação também pede a condenação por danos materiais e morais, tanto individuais quanto coletivos, além da proibição de cobranças indevidas e a nulidade de cláusulas contratuais abusivas”, diz a decisão.
Ainda conforme a decisão, as unidades localizadas fora do país serão notificadas com intermediação do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores. O prazo para cumprimento das determinações foi de 5 dias, com pena de multa diária no valor de R$ 5 mil.
Anteriormente, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) havia entrado com o pedido de suspensão da venda de pacotes de depilação a laser por tempo indeterminado no início de abril deste ano.
Quem fundou a Laser Fast?
A Laser Fast foi fundada em 2018 por David Pinto, que ocupa o cargo de CEO da empresa. Atualmente, a rede possui mais de 200 lojas em todo o Brasil, de acordo com informações do site oficial. Com a proposta de remoção de pelos de forma definitiva, as operações oferecem serviços de depilação para mais de 50 áreas masculinas e femininas.
Com 962 mil seguidores no Instagram, o empresário David Pinto, que se descreve como mentor de negócios, gerencia o Grupo Fast– que detém a Laser Fast e a Hair Fast, empresa voltada para tratamentos capilares.
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