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Maquiadora é expulsa de casamento por gravar noivos sem permissão e viraliza; Veja cuidados ao usar imagens de clientes

Maquiadora é expulsa de casamento por gravar noivos sem permissão e viraliza; Veja cuidados ao usar imagens de clientes


A empreendedora alegou que queria usar imagens para divulgação do trabalho. Especialistas alertam sobre cuidados legais ao divulgar imagens de clientes A maquiadora norte-americana Keziah Jones, dona da empresa The Key Look, viralizou no TikTok após ser expulsa de um casamento em Nova York por permanecer no evento além do tempo permitido e por filmar conteúdo sem autorização. O incidente, que aconteceu no início de setembro, gerou mais de 2,2 milhões de visualizações ao ser republicado em diferentes perfis na plataforma.
Jones, que foi contratada para fazer cabelo e maquiagem da noiva e suas madrinhas, admitiu que avaliou mal a situação e reconheceu o impacto negativo de suas ações. Ela explicou que estava empolgada para capturar bastidores do evento para promover seu trabalho nas redes sociais, mas acabou ultrapassando os limites estabelecidos pelos noivos. “Eu estava tão animada com o conteúdo que teríamos para ela, então continuei filmando”, disse Keziah, referindo-se à noiva.
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No entanto, o noivo não aprovou a filmagem. De acordo com Jones, ele não era fã do TikTok e pediu que ela parasse de filmar. Logo depois, o planejador de casamento informou a maquiadora que os noivos desejavam que ela deixasse o evento. Ela ficou confusa e abalada emocionalmente com a situação, e, momentos depois, tentou retornar para continuar as gravações, o que resultou em sua expulsão definitiva do casamento.
Ao falar sobre o incidente, Jones disse ao site Dexerto que ficou constrangida. “Eu não fiquei envergonhada pelos convidados, mas fiquei envergonhada porque outros fornecedores sabiam o que estava acontecendo”, contou. Ela também lamentou o impacto que o incidente teve em sua imagem profissional: “Viralizar por algo negativo não é legal, e eu nunca imaginei que isso aconteceria comigo, especialmente com um negócio que trabalhei tanto para construir.”
A maquiadora também revelou que as fotos finais do casamento mostravam sua presença em momentos cruciais, como a revelação do vestido da noiva. “Eu não tinha ideia de que estava no caminho, e realmente queria que alguém tivesse me avisado”, disse Jones, ao admitir que compreende a frustração dos noivos. “Entendo como eles podem estar chateados.”
Apesar da repercussão negativa, a maquiadora afirmou que sua agenda de trabalho não foi impactada, e as reservas para sua equipe continuam consistentes. “Em média, trabalhamos em cerca de cinco casamentos por mês, e isso tem permanecido”, revelou. No entanto, ela reconheceu que suas emoções a levaram a tomar decisões erradas, como compartilhar a experiência nas redes sociais.
Quais precauções os empreendedores devem adotar ao divulgar fotos e vídeos de clientes?
O uso de fotos e vídeos de clientes sem o devido consentimento pode acarretar em sérias consequências legais para empreendedores. De acordo com Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), essa prática pode resultar em processos por danos morais e materiais, além de violar o direito à imagem garantido pelo Código Civil e pela Constituição Federal.
“O cliente pode alegar violação de privacidade e exigir indenização pelo uso indevido de sua imagem. Portanto, o profissional que não formaliza o consentimento corre o risco de enfrentar ações judiciais”, alerta Crespo.
Ele ressalta que, embora o consentimento verbal seja legalmente válido, ele não é a forma mais segura, pois pode ser difícil de se comprovar em disputas. “O ideal é ter um contrato formal ou o consentimento por escrito, algo que possa ser documentado e guardado, garantindo maior segurança jurídica ao empreendedor”, afirma.
Além disso, Crespo recomenda cautela ao capturar imagens de clientes sem autorização prévia, já que isso pode ser interpretado como uma invasão de privacidade e uma violação dos direitos de personalidade, protegidos pela legislação brasileira. “A formalização desse consentimento em contrato é essencial para evitar problemas futuros”, conclui.
Larissa Pigão, advogada especializada em Direito Digital e Proteção de Dados Pessoais, também enfatiza a importância de informar o cliente sobre o uso de sua imagem, especialmente para fins comerciais. “A coleta de imagens deve ter uma finalidade específica e legítima”, explica. Caso as imagens sejam usadas para outros propósitos além dos acordados inicialmente, é necessário um novo consentimento.
Como recomendação prática, Pigão sugere que os empreendedores elaborem um termo de consentimento claro e objetivo, especificando o uso das imagens, o prazo para essa utilização e a possibilidade de revogação da autorização. “Esse documento pode ser em formato físico ou digital, desde que forneça ao cliente todas as informações necessárias de maneira transparente”, orienta a especialista.
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