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Idoso de 90 anos viraliza com canudos de bambu e inspira ideia de negócio sustentável

Idoso de 90 anos viraliza com canudos de bambu e inspira ideia de negócio sustentável


Vídeo com mais de 2,4 milhões de visualizações mostra como o cultivo de bambu pode ser uma solução simples e ecológica ao uso de canudos de plástico e papel Com mais de 2,4 milhões de visualizações no Instagram, um vídeo em Eugênio Giovenardi, 90 anos, aparece transformando hastes de bambu em canudos ecológicos viralizou nas redes sociais. A ideia é simples: substituir os tradicionais canudos de plástico e papel por um recurso natural e sustentável, cultivado por ele mesmo em seu sítio há mais de 40 anos.
Durante muito tempo, o canudo de plástico foi visto como um símbolo de praticidade, até que virou um dos maiores vilões do meio ambiente. Milhões deles são usados e descartados todos os dias, poluindo rios, mares e ameaçando a vida de muitos animais, segundo dados do relatório UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). É nesse cenário que soluções mais simples chamam a atenção.
Morador de Brasília (DF), Eugênio conta que sua relação com o bambu, começou quando ganhou de presente de um vizinho um broto. “O bambu cresceu, se desenvolveu, se multiplicou e hoje eu tenho uma pequena floresta de bambus à beira do córrego”, lembra.
A inspiração para transformar o bambu em canudos surgiu de uma lembrança marcante: uma viagem a Buenos Aires, capital da Argentina, quando, ao esquecer seus itens de chimarrão, acabou improvisando uma bomba (dispositivo usado para beber o mate ou chimarrão) feita com guaduá — uma variedade de bambu usada tradicionalmente na América do Sul.
“Eu fiquei com aquilo na cabeça. Quando voltei, percebi que estava cercado de bambus e nem tinha notado seu potencial”, relata. A partir daí, começou a observar os galhos mais finos da planta, cortá-los e transformá-los em pequenos canudos. “Fiz uns 10, 15 e mostrei para minhas netas. A Luiza [Giovenardi, que publicou o vídeo nas redes sociais] ficou impressionada e fez o registro que acabou viralizando.”
Apesar da repercussão, Eugênio não vê o bambu como um negócio, mas como uma dádiva da natureza que deve ser compartilhada. Ele produz canudos de forma artesanal e os distribui para amigos, familiares e até garçons do restaurante que frequenta.
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“Quando vou ao restaurante, dou um canudo para os garçons e até para outros clientes. Eles ficam impressionados. Não precisa gastar plástico ou papel para fazer um canudo, a natureza oferece”, defende.
Ele reconhece que a ideia pode inspirar quem deseja empreender de forma consciente: “Se alguém tiver interesse e achar que está ajudando a proteger a natureza, é sempre uma ideia interessante”, afirma.
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A produção de canudos de bambu como alternativa ecológica já é realidade em países como Colômbia, Argentina, Bolívia e Peru, onde o material é usado de forma tradicional em diversas aplicações. O cultivo é relativamente simples: o bambu cresce rápido e se adapta bem a diferentes climas.
Aos 90 anos, ele segue celebrando a relação respeitosa com o meio ambiente, mas deixa um alerta: é preciso conhecer bem a planta. “O bambu se desenvolve sozinho. Se a gente não cuidar, ele toma conta até da nossa casa”, brinca. Para quem deseja transformar a ideia em negócio, ele sugere estudo e responsabilidade.

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