Henrique Fogaça e Fernando Badauí revisam estratégia para chegar a 50 franquias do Cão Véio
Rede de gastropubs adiou meta original em dois anos, até 2028, com faturamento anual estimado em R$ 100 milhões. Aumento de visibilidade e viabilidade de pontos estão entre as novas prioridades Após uma pausa para arrumação, a rede de franquias de gastropubs Cão Véio retomou a expansão em 2023. De lá para cá, eles abriram quatro unidades, sendo duas só em 2025, e têm mais seis em processo de implantação nos estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e do Paraná. No total, dez locais estão em funcionamento e a meta é chegar a 50 até 2028. Para este ano, o plano é alcançar um faturamento anual de R$ 40 milhões, que hoje orbita perto de R$ 25 milhões. Com a inauguração das novas operações, a rede estima um incremento de R$ 1 milhão por mês à receita.
A Cão Véio foi fundada em 2013 pelo chef Henrique Fogaça, pelo músico e vocalista da banda CPM 22, Fernando Badauí, e pelo produtor Marcos Kichimoto (falecido em 2021). O negócio ainda ganhou mais um sócio, o empresário Marcel Akira, para reforçar o time e estruturar a ampliação da rede. Nesse processo, os sócios precisaram reavaliar a jornada anterior e dar uma ‘desacelerada’ nos próximos passos, incluindo os desafios em torno da escolha e viabilidade dos pontos.
Segundo Fogaça, o foco no último ano foi aumentar o faturamento das unidades existentes, que somadas passaram de R$ 1,2 milhão mensal para R$ 2 milhões. Ele afirma que a expansão alinhada ao posicionamento da marca, que vai desde a inovação no cardápio ao cuidado com o marketing, são alguns dos fatores responsáveis pelo montante — e que devem ser intensificados neste ano a partir das campanhas e ações promocionais. Até o próximo sábado (12/4), por exemplo, a rede promove o sorteio de um kit de cervejas autorais para a clientela em comemoração ao aniversário do chef.
“Temos nos esforçado para trazer as pessoas que não conhecem o Cão Véio, manter e fidelizar os clientes que já frequentam. Então, é um trabalho em conjunto de expansão da marca, do marketing, de criação de cardápio com alguns menus novos”, diz.
Já o sócio Fernando Badauí destaca que a expansão visa o fortalecimento e amadurecimento da marca. Contudo, ele ressalta a cautela e cuidado com o andamento do projeto, priorizando a qualidade e padronização do serviço oferecido pela rede. Isso porque o grupo realizou uma análise interna do crescimento e da estrutura necessária para sustentar todas as unidades, identificando as prioridades do negócio.
“Acho que o objetivo principal é o fortalecimento cada vez maior da marca, impulsionando o valor de mercado e tornando um negócio atrativo também para possíveis investidores no futuro. Como é o que acontece com as grandes redes no Brasil e no mundo inteiro”, afirma.
Gastropub Cão Véio foi fundado em 2013
Divulgação
Fogaça, que assina o cardápio da rede de gastropubs, ainda revela o desejo de levar a marca para outras regiões do país, como o Norte e Nordeste, mesclando a proposta com elementos gastronômicos da cultura local. “A ideia é poder dar essa visibilidade para a rede, levar para outros estados onde as pessoas ainda não conhecem”, diz.
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Quanto custa uma franquia do Cão Veio?
O investimento inicial para abrir uma unidade varia entre R$ 600 mil e R$ 1,5 milhão, com faturamento médio mensal de R$ 180 mil a R$ 300 mil e lucratividade líquida de 15%. A rede oferece duas opções de operação, sendo o modelo mais compacto com até 20 lugares e outro com até 60 lugares.
O especialista Lucas Camargo, da Avant Franquias, que é responsável pela expansão da marca, afirma que os possíveis franqueados passam por um processo, incluindo a realização de entrevistas para conhecer o modelo de negócio da rede. Todas as etapas são acompanhadas de perto por Fogaça e Badauí, que participam da última entrevista com a equipe.
“Gostamos dos franqueados que já tem uma certa experiência na área. É necessário o capital, mas precisamos de alguém que esteja apto para atuar na rede, que esteja presente e faça parte da organização. É como o Fogaça fala: ‘É a barriga no fogão’”, afirma ele, reforçando a oferta de suporte durante toda a jornada do negócio”, afirma o sócio Marcel Akira.
Henrique Fogaça, Fernando Badauí, Marcel Akira e Lucas Camargo
Divulgação
A rede revela que tem planos de lançar um novo formato de loja, com foco no atendimento express. Nesse modelo, as lojas serão menores e, consequentemente, terão um investimento mais reduzido em comparação às opções atuais oferecidas pela marca. Akira antecipa que a ideia é promover a venda de hambúrgueres com saída mais rápida para os clientes. Com o projeto finalizado, a proposta deverá ser lançada entre o fim deste ano e o início de 2026.
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