Sign In

Notícias

Ultimas Notícias
Exercícios de resistência podem retardar declínio cognitivo, mostra pesquisa

Exercícios de resistência podem retardar declínio cognitivo, mostra pesquisa


Atividades com peso corporal ou pesos livres podem melhorar a capacidade do cérebro de se adaptar A ciência está avançando na descoberta de formas para proteger o cérebro do envelhecimento, e um estudo recente publicado na revista científica NeuroImage Clinical sugere que exercícios de resistência podem ser uma dessas soluções. Segundo a pesquisa, seis meses de treino de alta intensidade podem não só melhorar a cognição de pessoas com comprometimento cognitivo leve, como também proteger áreas do hipocampo — região do cérebro associada à memória e aprendizado — da degeneração. Esse efeito protetor duraria ao menos 12 meses após o término da prática
Para Jeff Haden, escritor e influenciador do LinkedIn que compartilhou a descoberta, a pesquisa é significativa. Em um artigo no site da revista INC, Haden refletiu sobre o declínio cognitivo de seu pai, uma experiência marcante que o fez pensar na importância de preservar a saúde mental. “Uma parte dele parecia saber que eu era uma pessoa conhecida, mas ele não sabia quem eu era”, lembrou.
O pai de Haden perdeu funções corporais e quase não falava, uma experiência que, segundo o influenciador, representava o maior medo dele. “Morrer ‘cedo’ não era a principal preocupação do meu pai. Perder quem ele era, mental e emocionalmente, enquanto ainda estava vivo, era seu maior medo.”
Agora, o estudo mostra que o treinamento de resistência — como exercícios com peso corporal ou pesos livres — pode fortalecer o hipocampo e melhorar a capacidade do cérebro de se adaptar e formar novas conexões. Segundo os cientistas, treinar 90 minutos por semana, divididos em duas ou três sessões, seria o ideal para promover esses efeitos.
Além disso, um estudo adicional publicado na Advanced Healthcare Materials mostrou que a contração muscular libera miocinas, moléculas que estimulam o crescimento neural e aceleram a criação de novas células cerebrais. “Quando seus músculos se contraem durante o exercício, a liberação de miocinas faz com que os neurônios cresçam quatro vezes mais rápido do que aqueles não expostos a elas”, descreve Haden. Essa formação de novas células pode ajudar na recuperação de danos e prolongar a função cerebral.
Haden destaca que o foco de startups no prolongamento da vida pode parecer promissor, mas que soluções mais simples, como o exercício de resistência, também têm grande potencial. “Suplementos, terapia de luz vermelha, banhos de gelo… a evidência científica ainda é escassa em relação aos resultados causais desses tratamentos,” ponderou Haden. Em vez disso, ele enfatiza que o fortalecimento muscular e o cuidado com o peso corporal podem ter um impacto positivo e acessível à saúde cerebral.
Ele acrescenta que, se tivesse conhecido os benefícios do treinamento de resistência na época, teria incentivado seu pai a adotar a prática para proteger sua saúde mental. Em suas palavras: “Se um empresário tivesse explicado que o treinamento de resistência poderia ajudar, tenho certeza de que ele teria aceitado tudo.”
Saiba Mais

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *