Ex-bancária empreende com confeitaria e já produziu mais de 34 mil ‘pirulitos de cristal’
Vanessa Marcusse começou a fazer doces durante a pandemia para tratar a depressão e hoje vende até 1,2 mil unidades dos itens artesanais por mês Mãe, esposa e ex-bancária, Vanessa Marcusse, 44 anos, encontrou nos pirulitos feitos a partir de isomalte, um adoçante natural sem açúcar, uma forma de transformar a própria vida. Ela vende entre 1 mil e 1,2 mil unidades por mês, atendendo a uma média de 12 eventos e recentemente iniciou uma nova vertente do negócio, focada em cursos.
A insatisfação com o trabalho no banco motivou que Marcusse saísse do emprego e buscasse outras frentes de renda. A primeira foi uma loja de roupas infantis, que manteve por 5 anos e por insatisfação com os resultados, ela fechou a loja. Em 2019, ela foi diagnosticada com depressão, a empreendedora decidiu iniciar sua jornada na confeitaria.
Ela começou a fazer e vender biscoitos decorados sob encomenda, mas acabou se apaixonando pelos “pirulitos de cristal”, como chama. Assim, a nova categoria surgia como um novo desafio, e uma paixão. Ela conta que a confeitaria se tornou uma atividade prazerosa, que a ajudou na recuperação e logo virou profissão. Hoje, ela é dona da Lovely Sweet, que atende a cidade de Curitiba (PR), onde mora.
“O que encanta nos pirulitos infantis é que eles não são apenas doces: são decorações comestíveis, com temas personalizados e brilho que enchem os olhos. E ainda são zero açúcar, sem glúten e sem lactose”, afirma. “O processo artesanal me envolveu desde o início. Era algo que eu fazia com prazer e me trazia alívio. Quando percebi que isso podia virar negócio, abracei a ideia com tudo”, lembra.
Inovação constante
Marcusse diz que a confecção dos pirulitos é personalizável: ela decora com o tema solicitado pelo cliente. Entre todos os temas que a empreendedora já trabalhou, o campeão de vendas em 2025 é o personagem Stitch, do filme ‘Lilo & Stitch’ de 2002, da Disney — o remake em live action estreará nos cinemas neste mês de maio.
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Além das vendas diretas e dos eventos, Marcusse aposta em lançamentos como o “pirulito convite” e o modelo com o nome da aniversariante em braille, pensado para a inclusão. O diferencial, de acordo com ela, está no uso do isomalte, adoçante natural extraído da beterraba branca: os doces não provocam cáries, têm baixo índice glicêmico e são seguros para diabéticos.
O faturamento do negócio é variável. Os produtos custam entre R$ 9,90 e R$ 16,50, e ela vende em torno de 1 mil a 1,2 mil pirulitos por mês. Desde o início do negócio, em 2020, ela já vendeu 34 mil pirulitos.
Gestão do negócio e produção artesanal
Com uma produção majoritariamente manual e personalizada, a empreendedora também cuida do atendimento e da gestão do negócio e busca ferramentas para otimizar o tempo. “Faço quase tudo sozinha, então preciso de soluções práticas. Já comecei a usar aplicativos de atendimento e estou em contato com o Sebrae para continuar estruturando.”
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Hoje, ela também se dedica a ministrar cursos presenciais em Curitiba, com foco na troca entre alunas e no aprendizado prático. “A absorção do conhecimento é muito mais produtiva quando há contato direto, olho no olho. Ensinar é parte do que me faz feliz”, afirma.
Com catálogo variado entre personalização infantil e personalização com especiarias, ela já produziu mais de 34 mil pirulitos
Redes sociais
Trabalhando na criação do curso online, que será lançado em breve, o propósito é claro: atingir pessoas que querem ter uma renda extra ou transformar a confeitaria em negócio principal. A ideia é acessível mesmo para iniciantes, já que não é necessário ter experiência prévia.
A empreendedora, que superou desafios pessoais e encontrou na confeitaria um caminho de autonomia e realização, resume sua trajetória com uma frase que também inspira suas alunas: “Empreender é apostar em si mesmo. Confie no seu caminho.”
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