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Empresa familiar organiza eventos em shoppings com personagens licenciados — inclusive no Natal

Empresa familiar organiza eventos em shoppings com personagens licenciados — inclusive no Natal


A 2a1 Cenografia realiza cerca de 200 eventos por ano em parceria com marcas como Disney, Warner, Marvel e DreamWorks. Destes, 40 são temáticos de Natal Com 25 anos de história, a 2a1 Cenografia se tornou especialista em criar cenografias para eventos em shoppings centers. A empresa fundada pelos irmãos Danielle Paulino e Nelson Paulino Júnior surgiu na sala da avó, e hoje realiza cerca de 200 eventos por ano em parceria com marcas como Disney, Warner, Marvel e DreamWorks. Destes, 40 são temáticos de Natal espalhados por todo o Brasil. Já foram realizados mais de 2 mil projetos desde a fundação em 1999.
Para atender a demanda, a empresa conta com um galpão de 14 mil metros quadrados, em Guarulhos (São Paulo), e cerca de 150 funcionários. A 2a1 Cenografia não revela faturamento, mas tem meta de crescer 15% neste ano.
Em entrevista a PEGN, a empreendedora conta que a cenografia apareceu por acaso. “Nossa vontade era ter um negócio próprio, e não trabalhar um setor específico. Começamos a ver exposições de fotografias em alguns shoppings e percebemos que poderíamos fazer também. Era uma oportunidade que decidimos seguir”, diz Paulino.
Os irmãos selecionavam fotografias que eles mesmos tiravam e imagens de agências. Então, montavam uma exposição temática e contatavam os shoppings. “Mandávamos cartas e fax prospectando esses clientes. Explicamos o nosso serviço e que tipos de exposição poderíamos fazer”, afirma. A dupla conseguiu vender a primeira exposição após um ano e meio de empresa. O tema era o aniversário da cidade de São Paulo, realizado em janeiro de 2000.
Decoração de Natal realizada pela 2a1 Cenografia, em 2024
Divulgação
Paulino diz que os próprios shoppings divulgavam as exposições para atrair clientes, o que auxiliou no crescimento da empresa. Ao mesmo tempo, os donos dos shoppings visitavam os concorrentes para saber o que estava sendo feito. “Isso foi uma vantagem para nós, que não precisávamos investir em comercial — mas em fazer um bom trabalho”, diz Paulino.
Ela acrescenta que poucas organizações são capazes de atender shoppings: “É um mercado muito difícil e específico — tanto para entrar quanto para trabalhar. A nossa organização tem dois turnos porque as montagens são feitas à noite”, afirma. “Nossos próprios clientes foram nos pedindo mais serviços, e ampliamos a nossa relação com os shoppings e o nosso catálogo.”
Segundo a empreendedora, as exposições começaram a ficar mais sofisticadas, com interações (como quiz) e peças decorativas. “Cada tema era uma história diferente. Por exemplo, fizemos uma exposição sobre ovnis, e entramos em contato com uma agência de ufologia que tinha um acervo muito grande. Em outro caso, fizemos uma sobre o Ayrton Senna, em parceria com o fã-clube oficial”, afirma.
“Começamos a fazer pequenos detalhes de cenografia, até que fizemos um cenário completo de Páscoa para o Shopping D, cerca de cinco anos após o início da empresa”, afirma.
Porém, a mesma exposição que auxiliou o negócio a crescer trouxe um desafio para a empreendedora: suas ideias poderiam ser copiadas. “Um dono de shopping pode ver o que eu montei e contratar outra pessoa para fazer um projeto igual”, diz Paulino, que teve que encontrar formas de se diferenciar.
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Com 10 anos de atuação, o negócio teve uma virada de chave para trabalhar com personagens licenciados. Hoje a empresa organiza eventos licenciados de Harry Potter, Disney e Jurassic Park. “A pessoa que vai ao shopping não pode mais simplesmente copiar o meu trabalho porque existe todo um licenciamento por trás”, afirma. A primeira exposição licenciada foi de Toy Story, da Disney/Pixar.
De outubro a janeiro, a empresa costuma ter mais demanda — especialmente pelo Dia das Crianças, Natal e férias de janeiro. Porém, desde o ano passado, conseguiu ocupar períodos que normalmente são mais vazios, como setembro. “É um mês que não tem uma data forte, mas começamos a montar eventos com venda de ingresso. São projetos montados dentro dos shoppings, mas são nossos”, afirma. A empresa organizou exposições de Game of Thrones, Patrulha Canina e a Casa Warner.
Exposição de Game of Thrones, realizada pela 2a1 Cenografia
Divulgação
A organização chegou a criar uma filial em Denver, nos Estados Unidos, em 2019, mas deixou o plano de lado devido à pandemia do coronavírus — período em que interrompeu suas atividades. Segundo Paulino, o momento foi utilizado para arrumar a gestão do negócio. “Na nossa história as oportunidades sempre foram aparecendo e fomos aproveitando, mas não tínhamos tirado um tempo para se organizar e crescer da maneira certa. Tínhamos um caixa bacana e as contas estavam em dia, mas era necessário se organizar. Até então nós usávamos o Excel para controlar as finanças”, afirma.
Para 2025, a meta é retomar essa expansão. “Já estamos planejando eventos proprietários na América Latina, começando por Paraguai, Uruguai e Chile.Também estamos negociando na Argentina. Não vamos deixar o Brasil, mas queremos aproveitar as oportunidades no exterior”, diz a empreendedora, que não revela o tema dos eventos planejados.
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