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Empreendedoras da gastronomia vencem edital da Nestlé e co.liga com mais de 800 inscritos

Empreendedoras da gastronomia vencem edital da Nestlé e co.liga com mais de 800 inscritos


Projetos do Rio de Janeiro, Piauí e Brasília foram premiados no a.colher, programa de formação de jovens A Nestlé e a co.liga — iniciativa da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) em parceria com a Fundação Roberto Marinho — anunciaram nesta terça-feira, em evento em São Paulo, as vencedoras do edital a.colher, programa de formação de jovens de 18 a 29 anos em gastronomia. Três premiadas foram reconhecidas por seus projetos de empreendedorismo após passarem por uma série de mentorias, treinamentos e aulas com chefs desde maio do ano passado. Mais de 800 pessoas de todo o país se inscreveram na iniciativa.
Desse total, 30 participantes avançaram para a segunda fase, com foco no desenvolvimento dos seus negócios — e ao final três foram escolhidos como destaques. Nesta tarde, elas saem para conhecer restaurantes da cidade. Amanhã, as vencedoras participam de uma imersão nas cozinhas da Nestlé, com aulas ao lado dos chefs da empresa. Cada uma receberá ainda um aporte de R$ 5 mil para investir em seus negócios.
— Olhamos para as juventudes, que são naturalmente mais instigadas e têm uma energia vocacionada para o campo da criatividade. Olhamos para esse grande potencial e fortalecemos formações no campo da economia criativa, aliando educação, trabalho e criação de uma comunidade — diz Ludmila Figueiredo, coordenadora de desenvolvimento institucional da Fundação Roberto Marinho.
O edital é um desdobramento da parceria firmada em abril do ano passado entre a Nestlé e a co.liga, que lançou o eixo educacional de gastronomia da plataforma, com quatro cursos gratuitos e 100% online. Quatro entre dez estudantes que passaram por treinamentos do co.liga conseguiram uma oportunidade de trabalho remunerado após a conclusão das aulas.
— O Brasil é um país do empreendedorismo. Temos aproximadamente 6 milhões de empreendedores no ramo da gastronomia. Estar aqui também é parte de formar essas pessoas para trabalhar, mesmo começando na cozinha de casa — diz Thais Abdo, gerente executiva de marketing da Nestlé Professional.
Conheça as campeãs
O primeiro lugar ficou com Luiza Ramos Felix, de Niterói (RJ), fundadora da Malawi Vegetariana, criada em parceria com sua mãe. O negócio une gastronomia vegana, ancestralidade e sustentabilidade.
— Esse é um reconhecimento muito grande. Eu realmente não esperava, mas foi (um processo de) muita dedicação e carinho também, porque é isso que a gente faz na nossa cozinha: transformar o alimento em afeto.
Luiza já tem um negócio de gastronomia e trabalha vendendo marmitas veganas em toda a cidade do Rio, mas pretende, em breve, expandir para um espaço onde possa receber clientes e criar seu primeiro restaurante. Em 2019, vendia apenas 4 quentinhas por semana. Agora, são mais de 400. O dinheiro do prêmio já foi usado para comprar uma geladeira nova.
— Só há um ano e meio que eu consegui enxergar o meu negócio como uma potência e não só vendendo produtos veganos, mas usando a cozinha como ferramenta de transformação social. Hoje a gente trabalha com conteúdo nas redes sociais e eu atuo palestrando. Conseguimos olhar para o nosso negócio como uma possibilidade de falar sobre alimentação vegana de uma forma não elitizada.
Na segunda colocação está a piauiense Maria Alessandra Marinho Campelo, que estuda Gastronomia e Agronomia no Piauí. Seu sonho é criar um empreendimento que una os dois campos, valorizando ingredientes nordestinos.
— Além de complementar meus conhecimentos, o edital me fez perceber o quão vasto é o Brasil, mas também o quão interligadas as regiões estão. Os profissionais que participaram do projeto foram maravilhosos e me fizeram perceber a integração dos sabores do Piauí, em especial os sabores do ‘mato’ e a gastronomia. Agora, quero abrir um negócio e aprimorá-lo cada vez mais, colocando em prática tudo o que aprendi — diz Maria Alessandra.
O terceiro lugar foi para Aysú Aiyra Tabajara, indígena e estudante de Gastronomia que vive em Brasília. Piauiense de origem, ela mistura técnicas clássicas da cozinha com sabores do Cerrado e da culinária indígena.
— Admito que muitas vezes me senti insegura, mas uma pessoa que acreditou bastante foi o meu pai. Ele sempre dizia: você já ganhou. Eu vejo que a família tem esse papel, de estar junto e ajudar a construir muito do meu negócio.
Planejando seu primeiro restaurante, ela tem como ideia valorizar os frutos do bioma em que está inserida. No caso, o Cerrado.
— Minha ideia é trazer a arte, a arte indígena, os conhecimentos do que é o quilombo, da culinária do quilombo, para dentro dessa culinária mais adaptada, que as pessoas conhecem mais. A gente não fala muito sobre os insumos e os ingredientes que temos no Brasil. Se eu for trazer um prato tradicional, as pessoas não vão conhecer. Então, a ideia é trazer modelos de se fazer, mas com os nossos ingredientes.
Jovens de todo o país podem acessar os conteúdos em https://coliga.digital/

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