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Empreendedora foca em marketing esportivo e cria agência com clientes internacionais

Empreendedora foca em marketing esportivo e cria agência com clientes internacionais


Empreendimento faturou R$ 200 mil no ano passado Aos 34 anos, Amanda Bonfim uniu a paixão por esportes e comunicação em um negócio: a BR&CO, uma agência de marketing especializada no setor esportivo, faturou R$ 200 mil em 2024. Com foco em clubes, atletas e executivos, a empreendedora já atendeu nomes como Débora Saldanha, da rede de inovação do Atlético Mineiro; Natália Cavalcanti, gestora comercial da Conmebol; e Ivan Ballester, CEO da Esporte Educa.
Hoje, a BR&CO tem 16 clientes fixos — a carteira inclui contratos internacionais no Oriente Médio, Estados Unidos e Europa. Entre os serviços oferecidos estão gestão de conteúdo para as redes sociais e produção de campanhas. Recentemente, a empreendedora também passou a oferecer uma mentoria individualizada para líderes do segmento esportivo.
“O serviço da agência é recorrente, com planejamento e implementação completos. Já a mentoria foi criada para atender profissionais que não têm recursos para contratar um serviço integral da agência, mas precisam da orientação estratégica para conduzir suas próprias ações”, afirma.
Em entrevista a PEGN, a empreendedora conta que o gosto pelo esporte veio antes da carreira. “Eu era presença constante na arquibancada do América-RN, meu time do coração”, afirma Bonfim. Em 2011, começou a trabalhar em uma agência de marketing esportivo, em Natal (RN), sua cidade natal.
Porém, com interesse nas áreas de administração e design, ela sentia que suas habilidades estavam limitadas. A partir de agosto de 2014, passou a oferecer os serviços por conta própria. “Na época, trabalhar com uma agência tradicional era muito burocrático, e tinha que passar por diversos profissionais, fazendo com que a ideia se perdesse no caminho. O cliente se reunia diretamente comigo, eu executava, mandava para aprovação e estava pronto. Hoje isso é mais comum, mas há dez anos era um grande diferencial.”
A empreendedora diz que o crescimento da BR&CO veio especialmente da rede de contatos construída durante toda a carreira “No esporte, a indicação é tudo. Tenho clientes que me acompanham há mais de dez anos”, diz Bonfim, que se tornou uma presença constante em eventos para fazer networking.
“Identifico alguém com quem quero me conectar e, em uma conversa informal, levanto as dores e dificuldades dessa pessoa. Depois, aumento o nível de consciência sobre o problema e já ofereço uma solução personalizada. Nesse momento, a pessoa naturalmente me enxerga como alguém capaz de resolver aquilo. Então faço um pitch muito sutil, quase imperceptível. No fim, é ela quem pede meu contato. Esse é o mecanismo que realmente funciona.”
Saiba mais
Em 2019, Bonfim decidiu se mudar para São Bernardo do Campo, em São Paulo, após receber ameaças em sua cidade natal por trabalhar com clubes rivais. “Já que teria que fazer uma grande transformação na minha vida, optei por ir para um lugar que me desse mais oportunidades profissionais no setor”, diz a empreendedora, que viu o seu negócio crescer significativamente.
“Lá em Natal, o mercado ainda é muito fechado e limitado em termos de recursos. Eu não tinha acesso aos principais patrocinadores e fornecedores. Trabalhei com ótimos profissionais no RN, com quem mantenho contato até hoje, mas é um mercado ainda em desenvolvimento. Aqui, consegui colocar em prática todas as minhas ideias e explorar as possibilidades que enxergava no esporte.”
O próximo projeto da empreendedora é oferecer serviço de captação e gestão de patrocínios esportivos. A meta é um faturamento de R$ 480 mil em 2025. “Mas pode ser muito maior devido a uma negociação que estamos no momento”, afirma.
Mulheres e diversidade no esporte
Segundo a empreendedora, o negócio em si não tem um foco em mulheres, mas ela tem preferência por atendê-las. “Como nordestina e mulher pequena — tenho 1,53 m — sei o quanto é desafiador se impor em um mercado majoritariamente masculino como o esportivo. Busco ajudar outras mulheres a conquistarem seu espaço e transmitirem autoridade”, afirma.
Há três anos, ela se tornou muçulmana, o que pensou que poderia ser um desafio em seu trabalho. “Demorei um tempo para começar a usar o véu islâmico. Na nossa religião, embora o uso do véu seja fortemente recomendado, ninguém pode nos obrigar. Então, levei um tempo até me sentir pronta”, diz.
A recepção foi muito melhor do que ela esperava. “A comunidade do esporte me acolheu super bem, não tive nenhum problema — muito pelo contrário. Todo mundo sabe quem eu sou, talvez até por isso. É muito fácil me localizar em qualquer evento, é fácil saber se estou presente ou não”, afirma. “Acabei virando uma figura marcante, sem que isso fosse intencional.”
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