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Empreendedora fatura mais de R$ 30 mil ao mês vendendo biscoitos amazônicos em São Paulo

Empreendedora fatura mais de R$ 30 mil ao mês vendendo biscoitos amazônicos em São Paulo


Amazônia no Pote dá protagonismo a ingredientes do Norte, como cupuaçu, castanha-do-pará, jambu e tucupi, em receitas autorais que vão de biscoitos a geleias, doces e xaropes. Juliana Montoril, 37 anos, cresceu aprendendo receitas da família e se tornou a quinta geração de uma família de confeiteiras. Natural de Macapá (AP) e com trajetória em Belém (PA), ela transformou a paixão pelos sabores da sua terra em um negócio autoral que tem encantado paladares paulistanos: o Amazônia no Pote, um empório afetivo que valoriza ingredientes amazônicos criado no ano passado.
A ideia surgiu de forma despretensiosa. Apaixonada por cafés especiais, ela se mudou para São Paulo para abrir uma cafeteira, mas descobriu durante o planejamento que o que realmente fazia seus olhos brilharem eram os biscoitos artesanais que acompanhariam as xícaras. Em pouco tempo, os testes de vendas em feiras criativas revelaram o potencial da marca: ela vendeu tudo o que levou para o primeiro evento e ouviu de vários clientes que seus produtos eram “o melhor biscoito da vida”, título que se tornaria o slogan oficial da marca.
Para construir esse projeto, Montoril juntou experiência prática e formação técnica. Em Belém, atuou por mais de uma década como confeiteira artística, especializada em bolos de casamento. Também investiu em capacitações específicas, como cursos de compotas e gestão de alimentos e bebidas, além de uma pós-graduação na área. Fez até curso de palhaçaria para melhorar a comunicação com o público e hoje usa esse repertório nas feiras, transformando os atendimentos em um momento leve e descontraído.
Na Amazônia no Pote, o protagonismo é dos ingredientes do Norte: cupuaçu, castanha-do-pará, jambu e tucupi aparecem em receitas autorais que vão de biscoitos a geleias, doces e xaropes. O carro-chefe é o biscoito de castanha, vendido a R$ 20 reais o pote de 80 gramas.
Biscoito de Castanha é o carro-chefe da marca e custa R$ 20 reais
Assessoria
Boa parte dos ingredientes usados nos produtos da marca vem diretamente da Amazônia. Ela organiza a logística com ajuda de familiares que vivem em Belém e Macapá. Uma tia, por exemplo, faz as compras e envia os insumos por transportadora. Itens como o cupuaçu, jambu e a castanha são enviados diretamente de produtores da região.
A preocupação com a procedência dos insumos se reflete na composição dos produtos. Com exceção do biscoito de charque (feito por demanda, em pequena escala), todos os itens da Amazônia no Pote são vegetarianos, artesanais e livres de conservantes. Há também versões sem glúten, sem lactose e sem açúcar, adaptadas para pessoas com restrições alimentares.

Sem capital inicial, ela usou a rescisão do último emprego que teve, cerca de R$ 8 mil reais, para registrar a marca, criar identidade visual e investir em marketing. Fez os primeiros testes em feiras criativas, e o boca a boca cuidou do resto. Menos de um ano depois do lançamento, o negócio já fatura mais de R$ 30 mil mensais — e o registro precisou migrar para o modelo de empresa LTDA.
Mesmo com o crescimento, a empreendedora mantém o atendimento próximo e acolhedor. “A feira é minha cafeteria aberta. Eu quero conversar com as pessoas, criar laços. Meu cliente pode não comprar hoje, mas se ele for apaixonado pela marca, ele volta ou indica”, afirma. Ela evita terceirizar esse contato, inclusive já recusou expandir o número de feiras para manter a qualidade da experiência.
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Hoje, com vendas online crescendo e clientes de várias regiões do país, ela se prepara para abrir uma fábrica com espaço de atendimento take away em São Paulo. A cafeteria, prevista para 2026, será um espaço de convivência leve e divertido, com direito a palhaços, brincadeiras e um ambiente em que ninguém é “servido”, mas sim acolhido. “Eu quero um lugar em que as pessoas cheguem para rir, conversar, comer um biscoito e tomar um café. É sobre afeto, não sobre pressa.”

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