Empreendedora do RJ aposta em ‘cachorro-quente’ de feijoada e aumenta faturamento em 50%
Criação de Rosi Coelho atraiu dezenas de clientes após post viral no Instagram, onde já acumula 2,4 milhões de visualizações Um cachorro-quente de feijoada parece improvável? Pois a receita existe e virou um sucesso de vendas no quiosque Lá na Rosi, na Ilha do Governador (RJ), após uma publicação atingir 2,4 milhões de visualizações no Instagram. Responsável pela criação inusitada, a empreendedora Rosi Coelho, 65 anos, conta que a oferta do lanche aumentou o faturamento do negócio em 50%. O vídeo, publicado no dia 19 de maio, detalha o preparo da receita, que inclui pão francês, linguiça, carne seca, lombo desfiado, cebola caramelizada, couve, alho frito e bacon — a linguiça substitui a tradicional salsicha. Para finalizar, a iguaria ainda é servida com um shot de caldo de feijão preto e uma rodela de laranja, custando R$ 20.
À frente do quiosque há quase dois anos, Coelho diz estar surpresa com a repercussão da receita, mas empolgada com a chegada de clientes de diversas localidades para experimentar a combinação. “Não imaginava que isso ia acontecer. Fiz o cachorro-quente de sempre porque não tinha espaço para a panela de feijoada no quiosque. A feijoada é uma comida popular, né? O arroz e feijão aqui no Rio é mais ou menos a comida que todo mundo come todo dia. E eu consegui transformar ela”, declara.
Apesar do boom instantâneo ela explica que criou a receita de forma despretensiosa em 2022, quando era proprietária de outro quiosque. Segundo a empreendedora, a combinação veio da necessidade de manter a feijoada no cardápio devido ao espaço limitado na cozinha.
“Já tive um restaurante maior que fazia feijoada e samba, mas depois mudei para um quiosque bem pequeno. Os clientes insistiam pela feijoada nos dias da Consciência Negra, de São Jorge e São Sebastião, que são feriados no Rio. Só que o quiosque era na rua e não tinha como continuar fazendo a feijoada em um espaço de menos de 2 metros”, lembra.
‘Cachorro-quente’ de feijoada é servido com shot de caldo de feijão preto e rodela de laranja
Reprodução/TikTok
Diante dos pedidos, ela teve a ideia de facilitar o processo ao combinar a feijoada com o cachorro-quente. “Sou apaixonada por cachorro-quente e fui comer um em uma barraca. A moça perguntou: ‘Linguiça ou salsicha?’. Eu disse: ‘salsicha, porque tenho outros planos para a linguiça’. Aí, eu cheguei em casa disposta a fazer a receita”, afirma.
Coelho, que trabalha desde 1988 na área, não faz mistério sobre o preparo e revela os truques para garantir o sabor da receita. Ela diz que a linguiça e as carnes usadas no lanche são cozidas no feijão preto. Com o sucesso da experimentação, ela passou a incluir o cachorro-quente apenas em dias específicos no cardápio. Isso mudou em dezembro de 2024, quando participou de um evento local de comida de boteco. Nesse período, a empreendedora conta que conheceu alguns criadores de conteúdo e teve um dos seus pratos divulgados.
“O que estourou primeiro foi o ‘cachorro-quente de polvo’. O vídeo teve milhares de visualizações e passei a ter filas de clientes até o carnaval. Passei de 40 para 150 pessoas atendidas por dia”, diz.
Coelho destaca que o post viral ainda impactou no alcance do perfil do negócio, que passou de 10 mil seguidores para 17,8 mil em duas semanas.
O quiosque funciona de quinta a sábado, das 17h30 às 23h, e já conta com uma equipe de oito funcionários. A empreendedora ainda compartilha outros pratos inusitados do quiosque: picolé salgado de siri com camarão (R$ 13), cachorro-quente de polvo (R$ 45), pão de alho de bacalhau (R$ 35) e sardinha recheada (R$ 28).
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