Ele criou uma startup para tornar apresentações mais interessantes – e acaba de captar R$ 645 mil para crescer
Fundada em 2020, a Edupulses oferece recursos interativos e dinâmicos para apresentações realizadas em eventos, ambientes corporativos e espaços educacionais No auge da pandemia de covid-19, em 2020, grande parte das interações interpessoais e corporativas eram realizadas à distância. Para quem lidava com apresentações, o formato era útil, mas desafiador: era preciso investir em novas formas de captar a atenção do público. Foi de olho nesse problema que o empreendedor Pedro Carneiro teve a ideia de fundar a Edupulses. A startup ajuda profissionais e empresas a desenvolver apresentações interativas para eventos, treinamentos e aulas.
Três anos após captar pouco mais de R$ 1 milhão em uma rodada na plataforma de equity crowdfunding EqSeed, a startup acaba de fechar uma nova rodada de R$ 645 mil para investir na sua expansão. O aporte foi captado em troca de 7,1% de participação societária do negócio e reuniu um total de 61 investidores.
Carneiro conta que a edtech surgiu a partir de um grupo de facilitadores de treinamentos corporativos. Logo no início de suas trajetórias profissionais, eles sentiram a necessidade de ter ferramentas ou metodologias que pudessem ajudar a criar dinâmicas e apresentações interativas, remota ou presencialmente. “[Criamos a startup para] lutar contra a falta de atenção de um grupo quando se começa a apresentar um conteúdo mais denso. A gente não consegue assegurar mais o mesmo foco utilizando metodologias que usávamos antigamente nas salas de aula”, afirma.
Entre as funcionalidades disponibilizadas pela edtech estão nuvens de palavras, quiz competitivo, quadro colaborativo e exercícios de múltipla escolha, com apresentação de resultados em tempo real. Além de treinamentos e aulas com interatividade, a startup atua no âmbito de estratégias de gamificação, utilizadas sobretudo em eventos.
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Segundo o empreendedor, que tem experiência no universo da educação, a falta de atenção em apresentações decisivas também afeta a evolução do time. “A consequência disso é uma retenção menor do conhecimento. No universo corporativo, a aplicação prática daquele ensinamento não se dá como deveria. Então, tem muita perda dentro das equipes e das empresas. Começamos a desenvolver as primeiras atividades para conseguir usar a tecnologia a nosso favor”, explica.
Com o aporte, a empresa almeja investir nas áreas de inteligência artificial, data analytics e no desenvolvimento de funcionalidades que promovam a criação e o compartilhamento de atividades e eventos. A Edupulses também tem como meta se internacionalizar e criar soluções que possam permitir o uso da plataforma no modo assíncrono. Até o momento, o negócio alcançou mais de 2 milhões de pessoas e reúne 130 mil educadores cadastrados.
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‘’Com a entrada do investimento, exploraremos mais as estratégias de growth, marketing digital e ainda mais nosso funil de vendas com upselling até o corporativo, visando aumentar o tíquete médio das contratações. Acreditamos que há um futuro promissor para a indústria da educação pela frente, com a adoção cada vez maior de tecnologia”, diz Carneiro, que também é CEO da startup.
“A entrada desses recursos vai permitir que a gente consiga levar a empresa a um novo patamar e continue na trilha para nos tornarmos uma das principais plataformas interativas para aprendizagem do Brasil até 2026”, completa. A expectativa é de que a captação alavanque o faturamento da Edupulses para R$ 1 milhão nos próximos 12 meses e R$ 2,5 milhões em 2025.
Igor Monteiro, diretor de investimentos da fintech EqSeed, destaca que, além dos recursos financeiros, a captação de recursos via equity crowdfunding colabora para o networking da startup. “Isso gera benefício adicional e valor para a empresa. Hoje o Pedro tem mais de 60 investidores interessados no crescimento da startup. São pessoas, em sua maioria, investidores qualificados, ou seja, muito bem conectados no mercado, que conseguem abrir portas e fazer com que a edtech cresça do ponto de vista comercial e estratégico”, afirma.
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