Dona de confecção da Geração Z mostra bastidores de produção de ‘blusinhas’ vendidas na Shein e viraliza
A catarinense Gabrielle Krueger, de 25 anos, vende peças em marketplaces e fatura cerca de R$ 40 mil por mês. Posts acumulam mais de 2 milhões de visualizações no TikTok. Veja vídeos Já imaginou saber mais sobre como é feita a ‘blusinha’ que você compra pela internet? A partir dessa curiosidade, a empreendedora Gabrielle Krueger, de 25 anos, resolveu compartilhar detalhes do processo de confecção das peças da sua marca, a Madrepe, que comercializa roupas femininas no site próprio e em plataformas como a Shopee e Shein. A ideia fez tanto sucesso que se transformou em uma série de publicações no TikTok. Em um dos posts, ela mostra como corta o tecido na máquina e atingiu 1,1 milhão de visualizações e 91,1 mil curtidas.
“Resolvi mostrar os bastidores sem pretensão nenhuma de que fosse viralizar. Inclusive, achei que nem ia dar certo porque não era o tipo de conteúdo que costumava publicar nas redes”, diz em entrevista a PEGN.
Na publicação, ela ainda ressalta que a confecção prioriza a redução de impactos e evita o desperdício de tecido, que é a principal matéria-prima utilizada na empresa. A empreendedora conta que costura todas as roupas sozinha, mas conta com o auxílio da mãe, Viviane Krueger, de 45, em outras frentes da empresa, a exemplo da análise e empacotamento dos produtos. Atualmente, a marca produz cerca de 2 mil peças por mês e fatura R$ 40 mil.
Fundada em 2019, a Madrepe se transformou em uma confecção de roupas feminina em 2021 após a empreendedora decidir mudar o segmento do negócio. “Na verdade, desde criança eu já sabia que eu queria ir para a área têxtil por conta dos meus avós, porque eles tinham uma facção de costura [negócio que confecciona para outras empresas]. E cresci fazendo roupa para boneca ali no meio. Também trabalhei em outras confecções e atuei como assistente de estilo em outras empresas”, diz.
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Antes disso, ela produzia acessórios e bijuterias, como colares, brincos e pulseiras. O investimento inicial foi de R$ 90 para comprar os materiais em lojas de aviamento, como pérolas, correntes e miçangas. “No começo, vendia as peças pelo Instagram e fazia a entrega em terminais de ônibus, praça de alimentação, etc”, diz.
Além do desejo de mudar para o setor têxtil, a empreendedora também buscava expandir as vendas e alcançar clientes de outras cidades. Natural de Blumenau, cidade localizada em Santa Catarina, ela conta que decidiu hospedar sua loja na Shopee em 2021. Hoje, o negócio acumula 23,8 mil seguidores na plataforma. O sucesso de vendas, de acordo com ela, é o cropped de amarração 7 em 1, com quase 26 mil itens vendidos na plataforma. Os produtos também são ofertados no site da Shein.
Contudo, a empreendedora explica que o aumento das vendas só veio depois de um longo período de estudo das plataformas. Diante das dificuldades, ela precisou passar seis meses analisando o que poderia alavancar a sua marca a partir da identificação do perfil de consumo. Uma das descobertas foi que ela faturaria mais investindo na oferta de algumas opções de roupas em grandes volumes. Por isso, resolveu focar na criação de blusas e moletons, por exemplo.
“Estava para desistir da minha loja porque ela não vendia muito. Me dei um prazo de seis meses para estudar a Shopee e só depois disso que criei o cropped de 7 formas de usar. Tive que me adaptar porque vale mais ter um item que vende muito do que muitos produtos que vendem pouco. Então, a gente faz um lançamento estratégico de um produto só, mas que vai vender em grande escala”, detalha.
Com foco no crescimento da sua marca, a empreendedora antecipa que deverá lançar um novo produto em maio deste ano, além de aumentar a equipe com a contratação de costureiras no curto a médio prazo. Ela ainda planeja dividir as atenções entre as plataformas de marketplace com o site próprio da empresa.
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