Como usar táticas de reconexão para aumentar o engajamento dos seus funcionários
Folgas e benefícios podem não ser suficientes para melhorar a produtividade Muitas empresas estão exigindo o retorno ao escritório e, ao mesmo tempo, oferecendo dias de folga como forma de compensação. Embora pareçam um benefício, esses momentos podem ser apenas uma solução superficial, diz Henna Pryor, especialista em desempenho profissional e colunista do Inc. Se a expectativa é que um feriado prolongado aumente o engajamento, talvez seja hora de reavaliar a real causa do desengajamento.
“Muitas empresas estão ignorando o problema mais profundo que está silenciosamente paralisando o desempenho e aumentando a rotatividade em todos os setores. Não é apenas fadiga. É fadiga social”, afirma.
Um estudo conduzido pelo Priority Group, que avaliou o desempenho no ambiente de trabalho, identificou um fenômeno crescente: a chamada atrofia muscular social — uma erosão gradual das habilidades de comunicação, dos instintos colaborativos e da resistência social que sustentavam o bom funcionamento das equipes.
A pesquisa mostra que esse enfraquecimento das conexões humanas no trabalho não distingue cargos nem gerações: tanto um recém-contratado da Geração Z quanto um executivo veterano sofrem os impactos quando se perdem os micromomentos que constroem confiança, estimulam a inovação e garantem a entrega das tarefas.
A mesma pesquisa revelou que 44% dos profissionais descrevem suas relações no trabalho como “superficiais”; executivos enfrentam níveis preocupantes de esquiva de conflitos e falsa autossuficiência; e jovens da Geração Z relatam sentir os efeitos da atrofia muscular social 27% mais frequentemente do que os baby boomers.
Segundo a especialista, o que realmente ajuda são ações deliberadas de reconexão: criar oportunidades estruturadas para feedback e resolução de conflitos, incentivar a mentoria entre pares e a colaboração entre áreas, estimular conversas em tempo real em vez de depender de pings passivos ou cadeias infindáveis de e-mails. Também ajuda incentivar os líderes a dar o exemplo pedindo ajuda e abrindo espaço para sugestões — mesmo quando já conhecem a resposta.
Por fim, a colunista oferece um conselho: “Não distribua apenas dias de descanso. Construa uma cultura de bem-estar. Uma que priorize a aptidão social tanto quanto a higiene do sono. Uma que incentive a comunicação, não apenas a conformidade. Uma que entenda que o constrangimento não é o inimigo – é o caminho de volta à conexão.”
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