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Como montar uma loja de roupas virtual? Veja passo a passo

Como montar uma loja de roupas virtual? Veja passo a passo


Negócio precisa de planejamento, definição de público-alvo e escolhas certeiras para prosperar em um ambiente de alta concorrência Para um pequeno empreendedor, se estabelecer no comércio eletrônico pode ser assustador. Mas, com planejamento, organização e método bem definido, é possível se destacar e ter lucro no meio digital. Para quem quer criar uma loja de roupas virtual, Marcus Marques, especialista em gestão empresarial e fundador do Grupo Acelerador, recomenda começar pela pesquisa.
“É essencial que o empreendedor comece a entender o nicho de mercado, com pesquisas detalhadas e em diversos veículos sobre o público-alvo, concorrentes e a viabilidade. No caso de uma loja de roupas, é importante definir o estilo de vestuário que vai vender e identificar as necessidades do seu público e ramo”, aconselha ele.
A partir daí, é necessário montar um planejamento, que precisa considerar principalmente: para quem vender, como começar, quanto gastar, como gastar e quanto vender. A definição do público-alvo, aliás, é o pontapé para todas as outras, porque norteia o marketing, a escolha da plataforma de vendas e a dos fornecedores, por exemplo.
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“Definir o nicho e o público-alvo para se comunicar da melhor forma com ele é o mais interessante: seja moda social, plus size, jovial, sênior”, alerta Luiza Lamarca, diretora educacional da ONG A Liga Digital, destinada a formar jovens de comunidades periféricas em áreas como marketing digital, redes sociais, e-commerce e programação. Ela diz que, com a pesquisa de público, é possível definir a melhor plataforma de vendas.
Para empreendedores que não têm um alto capital para investimento, há soluções como vendas por WhatsApp – mas com ressalvas. “A venda pelo WhatsApp é muito boa, mas com quem o empreendedor já se relaciona, porque tem a questão da confiabilidade de receber um link para pagamento. Para quem está se apresentando, talvez investir em uma plataforma de e-commerce, onde possa se expor mais, para a pessoa ter direito a pesquisar sobre a empresa, pode ser melhor. Existe muita fraude na internet, então o cliente desconfia”, afirma a executiva.
Marcus Marques destaca que, definidos custos e estratégia, é preciso ter um planejamento financeiro e controle de estoque. “É importante manter um estoque equilibrado para evitar tanto a falta de produtos quanto o excesso de mercadorias”, alerta.
Para isso, Lamarca aconselha escolher bem os fornecedores. “Se não vender produtos de qualidade, vai ter somente venda única, porque fica com aquele estigma de ser de baixa qualidade”, diz. Outra dica é planejar a compra de itens com antecedência, mas não ficar tão preso a tendências, que podem variar muito em pouco tempo.
Ainda assim, é importante pensar num diferencial de produto ou comunicação, para ganhar a atenção dos clientes no mundo virtual. Além disso, vale pensar em investir em estratégias de marketing digital.
O gasto total é outro ponto essencial. Os especialistas destacam alguns itens que devem ser colocados na ponta do lápis para evitar erros de planejamento financeiro:
Plataforma de vendas: custos fixos de manutenção e suporte;
Taxa dos gateways de pagamentos: cada venda “perde” uma porcentagem;
Frete, transportadora e raio de entrega: locais mais longe custam mais, é preciso calcular a viabilidade de entregar muitos produtos de uma vez para economizar;
Tráfego pago e ferramentas relacionadas ao marketing digital: iniciar um negócio online exige investimento para atrair público;
Extensão do parcelamento: facilitar demais o pagamento para o cliente sem prever a falta que poderá fazer para os custos fixos pode prejudicar o fluxo de caixa;
Funcionários, impostos, contador: gastos que precisam ser considerados no custo fixo.
E com quanto investimento é possível iniciar? Marques explica que não há cifra única: “Não há um valor exato, mas ter um caixa inicial que cubra ao menos os primeiros meses de operação sem depender de vendas pode ser uma boa prática”, recomenda.
Num nicho com tanta concorrência, investir é sempre custoso e exige planejamento. Mas é possível, sim, fazer frente e prosperar. “Não interessa o tamanho da sua empresa, use termos e metodologias das empresas grandes para crescer”, finaliza Lamarca.
Passo a passo para montar uma loja de roupas virtual
Para sintetizar o processo de criação de uma loja de roupas virtual, Bárbara Rezende, analista do Sebrae, elenca oito passos fundamentais:
Definição do nicho e público-alvo: escolha o segmento de moda da loja e quem serão os consumidores almejados são os primeiros passos para iniciar o planejamento e desenhar as estratégias do negócio;
Elaboração de um plano de negócios: descreva os objetivos do negócio e os passos a serem dados para alcançar essas metas. Isso permite a organização de ideias e orienta as atividades necessárias para iniciar o negócio. Analisar o mercado, definir qual será o posicionamento da marca, os produtos a serem vendidos, os preços, e traçar uma estrutura de custos e receitas estão entre itens necessários para a elaboração do plano;
Escolha da plataforma de venda: com a ideia de negócio estruturada, torna-se mais fácil definir onde a loja será hospedada. Nesta etapa, é necessário considerar as diferenças de custos e funcionalidades oferecidas por cada plataforma a fim de definir a melhor opção para o que a loja se propõe a oferecer aos clientes;
Registro da empresa: para assegurar os direitos da empresa e dos consumidores, é importante que o empreendedor tenha um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Para isso, é necessário escolher o enquadramento da empresa, que pode começar até mesmo como MEI, caso o faturamento anual previsto esteja dentro do limite de R$ 81 mil (veja como abrir um MEI);
Outras questões legais: o empreendedor deve conhecer a chamada Lei do E-commerce (Decreto Federal nº 7.962/2013) e o Código de Defesa do Consumidor, a fim de manter o site e atividade da empresa em concordância com a legislação. No site, por exemplo, é obrigatório disponibilizar de forma facilmente acessível a razão social e o CNPJ da empresa;
Desenvolvimento da loja virtual: com a plataforma escolhida e o conhecimento sobre todas as questões legais, o empreendedor deve colocar a mão na massa para o desenvolvimento da loja, com a criação uma identidade visual atraente e fácil de navegar, a inclusão de boas fotos dos produtos e a inserção de descrições detalhadas dos itens;
Integração de pagamentos e entrega: antes do lançamento ainda é necessário escolher e integrar métodos seguros de pagamento e de entrega. Para Rezende, cada empreendedor deve considerar as próprias necessidades e públicos neste processo;
Teste e lançamento: “Antes de abrir a loja, teste todas as funcionalidades e peça a opinião de pessoas próximas”, indica Rezende. Com tudo pronto, lance a loja oficialmente e divulgue o site para os consumidores.
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