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Como aplicar intraempreendedorismo na sua empresa

Como aplicar intraempreendedorismo na sua empresa


Entenda o conceito e quais são os benefícios que ele pode trazer para o seu negócio O intraempreendedorismo nada mais é do que empreender dentro da empresa – também conhecido como empreendedorismo corporativo.
Imagine uma padaria de bairro. O dono provavelmente fica no caixa da hora que abre até o almoço e volta no final do dia para fechar o estabelecimento. Logo, é uma pessoa que conhece bem o negócio: quem frequenta, em quais horários e o que costuma consumir.
Agora imagine uma academia de ginástica. Provavelmente quem mais conhece os frequentadores, seus horários e preferências não é o investidor que alocou recursos ali, mas um funcionário que passa o dia inteiro no lugar.
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Quem sugere essa reflexão é Ivan Rizzo, professor da FIA Business School. Ele afirma que “o intraempreendedorismo serve para instrumentalizar os recursos humanos da organização a assumir um papel proativo de desenvolver e implementar ideias e projetos”. Ou seja, serve justamente para incentivar quem está no dia a dia da operação de um negócio a trazer soluções empreendedoras para melhorá-lo.
Em resumo, o intraempreendedorismo é útil para o desenvolvimento da empresa. “Incentivar o comportamento empreendedor dentro do negócio é um dos caminhos mais eficazes para incentivar a inovação, principal ferramenta para se manter relevante”, acredita Naira Libermann, professora da Escola de Negócios e coordenadora acadêmica do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (IDEAR), ambos da PUCRS.
O botão “curtir” do Facebook e o Gmail, do Google, são exemplos de inovações que vieram de colaboradores das empresas donas dessas marcas, por meio do intraempreendedorismo. “Inicialmente idealizado como um serviço interno para funcionários do Google, o projeto do Gmail nasceu da observação das limitações dos webmails da época, como falta de capacidade de armazenamento e interfaces pouco intuitivas. O engenheiro Paulo Buchheit aplicou soluções inovadoras e o sucesso foi enorme”, conta Libermann.
Mas, afinal, qual é a diferença entre um empreendedor e um intraempreendedor? A professora explica que enquanto um empreendedor cria e lidera sua própria empresa, o intraempreendedor busca inovar dentro de uma organização já estabelecida. O primeiro é responsável por desenvolver novos modelos de negócios, criar planos estratégicos, buscar financiamento e formar equipes. Já o segundo perfil aplica soluções criativas e inovadoras para impulsionar novos projetos dentro da empresa, mas sem os riscos financeiros típicos de abrir um negócio próprio.
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Diferentes tipos
O intraempreendedorismo pode acontecer de várias maneiras. Naira Libermann explica algumas delas:
Novos produtos e serviços: criação e desenvolvimento de soluções que agregam valor ao portfólio da organização;
Melhoria de processos internos: otimização das operações, redução de custos e aumento da eficiência em setores específicos;
Foco no social e na sustentabilidade: desenvolvimento de projetos inovadores para promover impacto positivo na sociedade e alinhar os objetivos da empresa ao ESG;
Novas unidades de negócio: quando os funcionários criam outras s divisões, como startups internas ou spin-offs, que podem se tornar motores de crescimento dentro ou fora da empresa.
Para Ivan Rizzo, o intraempreendedorismo depende da cultura da organização. Em um cenário que privilegia a adesão a processos prontos e inflexíveis e excesso de autoridade, há pouco estímulo à inovação e o colaborador pode ser até punido por fazer algo diferente.
Por outro lado, explica Rizzo, quando a empresa entende que os negócios acontecem no ponto de venda, nos pontos de contato online, e não necessariamente no escritório, o intraempreendedorismo pode ser estimulado. “É mais importante cultivar e incentivar o aprendizado e não só ideias que deem certo. Isso não nasce pronto, envolve um segundo passo que é oferecer treinamento e desenvolvimento”, diz.
Canais abertos
Uma cultura organizacional que estimula o colaborador a praticar o intraempreendedorismo é fundamental para trazer inovação à corporação. Isso inclui dar liberdade e flexibilidade para que ele possa explorar novas ideias e soluções. Também vale incentivar a colaboração entre equipes multidisciplinares, já que isso enriquece o processo criativo.
É importante, ainda, transformar isso em rotina, criando políticas na empresa que reforcem o compromisso com a inovação e o crescimento. Disponibilizar uma plataforma onde o intraempreendedor possa apresentar suas ideias e manter canais abertos com os líderes são medidas bem-vindas. “Também é interessante que ele enxergue benefícios tangíveis para ele e para a corporação”, explica Rizzo.
A professora Libermann lembra que é importante investir na formação contínua dos colaboradores e no desenvolvimento de lideranças motivadoras. “Líderes inspiradores geram confiança nos times para que eles assumam riscos calculados e vejam a inovação e o eventual fracasso como uma oportunidade de aprendizado”, diz.
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