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Comércio varejista no Brasil registra aumento de 0,6% em abril, diz levantamento

Comércio varejista no Brasil registra aumento de 0,6% em abril, diz levantamento


Índice da Stone aponta que sete dos oito setores analisados registraram alta mensal, com destaque para Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (7%) As vendas no varejo registraram um crescimento de 0,6% em abril de 2025 no Brasil, o que representa uma alta de 0,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Índice do Varejo Stone (IVS), elaborado com base nas movimentações com cartões, vouchers e Pix dentro do grupo StoneCo.
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados, afirma que o resultado positivo apresenta uma “leve melhora” em relação ao cenário de março deste ano, que teve baixa de 1,6% no comércio varejista.
“Reflete uma recuperação parcial após a queda expressiva de março, mas não representa, ainda, uma reversão de tendência. Muitos setores cresceram em abril, mas a base de comparação baixa também contribuiu para esse resultado. Seguimos observando um ritmo lento da atividade varejista, com oscilações mensais que indicam instabilidade no comportamento do consumo”, aponta.
O comércio digital apresentou um aumento de 5,3%, e o físico teve incremento de 0,3%. No comparativo anual, o comércio digital retraiu 4,8%, enquanto o físico seguiu em alta, com 1,3%. O cenário se opõe ao registrado em março, quando o comércio digital registrou queda de 12,9%.
“A forte oscilação do comércio digital entre março e abril pode ser explicada, em parte, pela sensibilidade maior desse canal a variações de renda, crédito e comportamento do consumidor. A queda acentuada de 12,9% em março cria uma base fraca de comparação, o que ajuda a explicar a alta de 5,3% no mês seguinte. Além disso, promoções pontuais e a retomada de algumas estratégias de marketing digital podem ter incentivado as vendas online”, afirma.
Quanto aos oito segmentos analisados, sete deles registraram alta em abril: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (7%), Material de Construção (2,1%), Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos (1,3%), Artigos Farmacêuticos (0,8%), Combustíveis e Lubrificantes (0,6%), e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,2%). Apenas o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo registrou uma queda de 2,2%.
Calvelli avalia que a alta reflete uma “recuperação pontual e disseminada” entre os setores. O aumento do consumo de itens não essenciais como livros, vestuário e móveis pode estar relacionada às ações promocionais e em uma leve melhora da expectativa das famílias. “Ainda assim, o desempenho segue abaixo do patamar médio e não aponta, por ora, para uma retomada consistente”, pondera.
Já no comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor resultado, com alta de 5,8%, seguido por Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (4,0%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (3,3%). Os demais setores registraram queda, entre eles Móveis e Eletrodomésticos (3,2%), Artigos Farmacêuticos (3%), Material de Construção (2,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,5%). O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria se manteve estável, com variação de 0%.
“Apesar da leve melhora observada na maioria dos setores em abril, as altas não foram suficientes para compensar as quedas registradas no mês anterior. Um exemplo é o setor de Vestuário, que avançou 1,3% em abril após ter recuado 3,3% em março — o que mostra que o nível de atividade segue abaixo do patamar médio. De forma geral, o varejo ainda opera em ritmo lento, sem sinal claro de recuperação sustentada”, reitera.
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No recorte regional, 19 estados apresentaram alta no comparativo anual: Acre (12,1%), Amapá (9,4%), Sergipe (8,6%), Roraima (6,5%), Rio Grande do Sul (5,7%), Pará (5,5%), Espírito Santo e Bahia (4,3%), Pernambuco (3,7%), Paraná (3,4%), Goiás (3,2%), Santa Catarina (2,6%), São Paulo (2,5%), Paraíba (2,2%), Tocantins e Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Maranhão (0,6%) e Piauí (0,5%).
“O avanço das vendas em 19 estados no comparativo anual mostra que há movimentos locais que podem estar atenuando os efeitos do cenário macroeconômico adverso. Em alguns estados, políticas regionais de estímulo, sazonalidades específicas ou mesmo bases de comparação mais baixas em 2024 contribuíram para esse resultado”, acrescenta.
Por outro lado, oito estados registraram queda, com destaque para o Distrito Federal, com recuo de 4,7%, Mato Grosso do Sul (4,4%), Rondônia (3,3%), Rio de Janeiro (2,7%), Amazonas (2,1%), Rio Grande do Norte (1,3%), Alagoas (0,6%) e Minas Gerais (0,2%).

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