Com pastrami, presunto com mel e brisket no menu, Firehouse Subs projeta 5 lojas em SP em 2025
Rede norte-americana tem 1,3 mil lojas em sete países e agora chega ao Brasil sob comando de ex-BK. Primeira operação será inaugurada na próxima segunda-feira: “Novo jeito de vender fast-food” Sanduíches leves na baguete, mas bem recheados com a proteína e queijo aquecidos no vapor. Essa é a experiência proposta pela rede norte-americana Firehouse Subs, que terá a primeira inauguração brasileira na próxima segunda-feira, 2 de junho, no Internacional Shopping Guarulhos, em São Paulo, e o lançamento de mais quatro restaurantes até o final de 2025. Todos vão operar como unidades próprias em shoppings paulistas, entre eles Interlagos, Tatuapé, Itaquera e Santo André. A expectativa é chegar em todas as capitais do país e no Distrito Federal após três anos de operação.
Com investimento de R$ 200 milhões, o projeto foi elaborado pela Restaurant Brands International (RBI), proprietária das redes de fast-food Burger King e Popeyes no mundo, em parceria com Iuri Miranda, que ocupa a posição de CEO da Firehouse Subs Brasil. Anteriormente, ele atuou como CEO e membro do conselho da Zamp S.A., máster-franqueada do Burger King e Popeyes no Brasil.
Além de Miranda, a rede brasileira ainda conta com outros grandes nomes do segmento de fast-food e varejo, como o chefe de operações William Giudice, que foi CEO do Subway Brasil e auxiliou na expansão do McDonald’s e Burger King, e o chefe de desenvolvimento Moacir Bastos, que atuou na expansão das lojas Oxxo no Brasil.
Segundo o executivo, a escolha pelo Brasil se deve ao potencial do mercado e baixa concorrência, especialmente na categoria de sanduíches e padarias, onde a Firehouse está inserida. A meta é abrir 500 unidades em 10 anos.
“Dados da Euromonitor International mostram que o mercado de fast-food no Brasil representa R$ 134 bilhões por ano e o setor que chamamos de sanduíches e padaria gira em torno de R$ 42 bilhões. É um mercado que vem crescendo em uma taxa de 11%. Então, estamos entrando em um segmento grande que tem pouquíssimo concorrente”, pontua.
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Quanto à concorrência com o Subway, que tem uma proposta operacional similar, Miranda fala sobre a possibilidade de coexistência em uma categoria pouco explorada, mas destaca o diferencial dos produtos desenvolvidos pela Firehouse Subs, que trazem receitas autorais e ingredientes próprios, como o pastrami (carne curada e defumada), presunto com mel e brisket (peito bovino defumado).
“O Brasil é o quarto maior mercado da Subway no mundo e ela tem 2% na categoria de padaria. O que vai acontecer, e não tenho dúvida, é que nós vamos criar uma categoria nova de fast-food. Não significa que um vai ganhar e outro vai perder porque o mercado é muito grande”, afirma.
Já a abertura em shoppings foi motivada pela facilidade de padronização da marca e presença em um ambiente com alto fluxo de possíveis consumidores. Contudo, a ideia da marca é expandir a operação para outros espaços.
Iuri Miranda é CEO da Firehouse Subs Brasil
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“É um modelo bem escalável. Começamos por shoppings, mas é um negócio que funciona em estações de metrô, faculdade, rodoviária, drive-thru”, afirma.
Miranda ainda ressalta que o apelo filantrópico da marca se manterá na operação brasileira por meio de ações, que ainda não foram divulgadas. Nos Estados Unidos, onde a rede possui a maioria das lojas, os pontos arrecadam fundos para apoiar organizações e iniciativas como os bombeiros e socorristas, reconhecendo a importância do trabalho desses profissionais.
“A marca foi fundada por dois irmãos e ex-bombeiros e vamos seguir com o espírito de defender a causa aqui. Queremos ajudar a salvar vidas. Já conversamos com algumas autoridades e vamos assinar um protocolo. Também vamos divulgar o lema ‘Centavos que podem salvar vidas’ em nossos restaurantes, no qual o cliente poderá arredondar sua compra e o valor será revertido em doações para entidades no país”, diz
Sanduíche New York Steamer, com pastrami e queijo provolone
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Foco no sabor
Com 14 sabores de sanduíches no cardápio, as receitas foram criadas pelo chef internacional Thomas Heitz, que desembarcou 12 vezes em apenas um ano no Brasil para estudar o perfil de consumo brasileiro e atestar a qualidade dos insumos usados nos produtos. Isso porque a ideia era adaptar as combinações ao paladar dos consumidores, mas sem perder a identidade do que já é vendido em outros países.
Nesse processo, ele chegou a visitar diversos restaurantes para experimentar combinações como o tradicional sanduíche de mortadela, do Mercado Municipal de São Paulo, picanha e vinagrete. Um dos desafios, de acordo com o chef, foi chegar ao ponto perfeito do presunto com mel, que costuma ser apreciado nos EUA. No entanto, a fabricação norte-americana utiliza mel vegetal, que possui um sabor diferente se comparado ao mel de abelha do Brasil.
“Buscamos o mel de abelha, que é muito forte aqui, e encontramos um perfil de sabor para o presunto que fosse mais adequado, tanto para os fornecedores que temos no Brasil, quanto para o gosto do brasileiro”, conta.
Chef internacional Thomas Heitz é responsável pela criação das receitas dos sanduíches
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Heitz ainda destaca as características próprias do preparo dos sanduíches, que envolvem o aquecimento da proteína com o queijo a vapor. Segundo ele, a estratégia mantém a suculência do recheio e aspecto crocante do pão tostado. Todos os insumos são produzidos por fornecedores próprios, que estão distribuídos em São Paulo e outros estados do país.
“O processo é feito com vapor, pois consigo derreter o queijo, deixar o sanduíche suculento e mais saudável, pois não estou fritando e nem adicionando óleo”, diz.
O cardápio terá sanduíches como o New York Steamer, com pastrami e queijo provolone, Beef & Cheddar Brisket, de carne e cheddar, e o Spicy Cajun Chicken, que leva frango, alface, cebola, mostarda e toque apimentado do jalapeño. Os consumidores poderão escolher entre duas opções de pão, sendo o tipo branco e o do chef, além dos três tamanhos (10, 15 e 30 centímetros).
Na inauguração da operação brasileira, o sanduíche com bebida vai custar a partir de R$ 22, enquanto os combos com acréscimo da batata serão vendidos entre R$ 35 e R$ 55. O menu ainda inclui a oferta de cookie de chocolate e baunilha como opção para sobremesa. Outras opções doces deverão ser inseridas ao longo dos meses, segundo o chef.
Inicialmente, a unidade não funcionará por delivery, mas a estratégia está sendo fechada pela rede. O CEO conta que o sistema já está finalizado e será liberado a curto prazo. Embora não tenha mencionado uma projeção de faturamento inicial, a expectativa é que cada unidade tenha entre 200 e 250 transações por dia.
Com mais de 1,3 mil restaurantes presentes em sete países, a marca foi criada em 1994 pelos irmãos e ex-bombeiros Robin e Chris Sorensen em Jacksonville, na Flórida (EUA). Em 2021, em uma transação de US$ 1 bilhão, a Firehouse Subs se tornou uma subsidiária da Restaurant Brands International Inc. (RBI), proprietária do Burger King e Popeyes.
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