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Com novas parcerias internacionais, Inventivos quer dobrar os aportes em fundadores diversos em 2025

Com novas parcerias internacionais, Inventivos quer dobrar os aportes em fundadores diversos em 2025


Três executivos de fora do país se juntaram ao grupo de anjos da plataforma criada por Monique Evelle e Lucas Santana. Além disso, a iniciativa vai promover intercâmbio com startups e empreendedores de Cabo Verde, na África Antes de aparecer na televisão como investidora e subir ao palco de grandes eventos de inovação no país, Monique Evelle empreendeu. Em 2020, ao lado de Lucas Santana, ela fundou a Inventivos, plataforma de formação, mentoria e investimento, que surgiu de iniciativas anteriores de criação de comunidade para afroempreendedores e educação empreendedora. “O erro estava no timing das coisas. Não adianta ser futurista no tempo errado”, afirma.
Dois anos depois, veio a primeira aposta como investidora: a healthtech Afro Saúde. Em 2023, os sócios decidiram estruturar a unidade de negócios Inventivos Angels para aportar e orientar startups fundadas por pessoas com características de diversidade. “Íamos lançar o fundo de investimento em 2030 para garantir a maturidade dos negócios iniciantes que acompanhamos. No fim, adiantamos o plano porque as empresas estão faturando e pensamos: ‘como vamos entregar para outro fundo investir?’”, declara.
Em 2024, a Inventivos Angels investiu R$ 5,2 milhões. No portfólio estão startups como Hotina, plataforma de gestão de tarefas para profissionais de saúde; Dr.Mep, de telemedicina veterinária; e Dot, primeiro energético em forma de bala do Brasil. “Não coloco dinheiro no powerpoint. O mercado mostrou que não funciona e eu nunca investi”, alerta.
Evelle acrescenta que a inteligência artificial trouxe maior acesso e facilidade para fazer testes iniciais gratuitos e apresentar algo mais palpável para os investidores. “Existe uma jornada de educação para quem quer captar investimento com terceiros. Se você não tem produto e vendas, por que o investidor vai colocar dinheiro? Barato é cliente, é microcrédito com taxa ok, sem precisar diluir a empresa”, opina.
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A tese da Inventivos Angels é focada em startups com 30% do capital social nas mãos de pessoas com traços de diversidade, como negras, do sexo feminino, das regiões Norte ou do Nordeste. Entre os tópicos que despertam maior interesse estão economia criativa, futuro do trabalho, e inteligência artificial, como uso preditivo para saúde.
No ano passado, o grupo trouxe investidores de fora do Brasil, que se identificaram com a tese: Bibiana Leite, executiva com mais de 25 anos de carreira em tecnologia e mídia, com vivência no Vale do Silício; Arturo Nuñez, ex-vice presidente de Nike, Apple e NBA, foi CMO global do Nubank; e Terrence Cardene Murphy, ex-jogador de futebol americano e investidor de venture capital. Com a adição ao time – e os cheques em dólar – a perspectiva é dobrar o volume de investimentos em 2025, chegando a R$ 10 milhões injetados.
Para entrar no funil de potenciais investidas pelo grupo, é possível preencher um formulário pelo site do grupo e, após avaliação inicial, participar da reunião mensal em que (normalmente) cinco startups apresentam um pitch para o time de investidores-anjo. Se houver interesse, um escritório é contratado para fazer a diligência e entender os riscos jurídicos, trabalhistas e contenciosos. As rodadas giram entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
Evelle revela que a demanda é alta e, muitas vezes, os interessados procuram por ela e Santana diretamente. “Recebemos muitos pedidos de ajuda por sermos da comunidade negra, as pessoas esquecem que somos investidores. Eu vou analisar a sua empresa, não vou investir só porque a startup é fundada por preto ou mulher. Existe um desgaste maior que não acontece com investidores não negros ou não indígenas”, afirma.
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A sede está em Salvador (BA) – terra natal de startups como Agilize e Jusbrasil –, onde Evelle indica que existem muitas oportunidades. Um esforço da investidora é encontrar pessoas em lugares inesperados e, para isso, ela aceita convites para viajar pelo Brasil. “Gente ambiciosa existe em qualquer lugar, mas todo mundo procura em São Paulo, onde o retorno será mais rápido. Foi uma decisão minha de não concentrar o que construí de patrimônio em apenas um lugar”, revela.
Apostando nessa ideia, os cofundadores da Inventivos desembarcaram em Cabo Verde, na África, no início de maio. Eles conheceram iniciativas de inovação que estão se desenvolvendo no país e fecharam parcerias estratégicas com a Unitek, empresa local de soluções tecnológicas para negócios, e o Zone01, centro para capacitação em programação. A ideia é estabelecer um intercâmbio e beneficiar startups e empreendedores dos dois países, com a possibilidade de criação de produtos e soluções para outros países lusófonos.
“Quando as pessoas pensam em expansão e oportunidades, elas sempre olham para os Estados Unidos. Considerando a aproximação da língua, faz muito sentido essa conexão. Entendemos que existem sinergias para formar mais empreendedores e criar programas de aceleração considerando nossa expertise, mas também atrair investimentos para Cabo Verde”, aponta.
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