Com anuidade de R$ 40 mil por membro, bar secreto em SP cresce 41% em 2024
Preço do membership cresceu 330% desde o lançamento em 2021; Valor deve aumentar para R$ 50 mil no próximo ano Eventos corporativos para grandes empresas, membros exclusivos e alta gastronomia. Essa é a receita de sucesso do bar misterioso Sweet Secrets, que está prestes a completar três anos em dezembro e registrou 98,5% de aumento na receita líquida do negócio entre janeiro e outubro de 2024. Os dados foram divulgados em primeira mão para PEGN.
Localizado atrás de uma loja de doces no bairro dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, o espaço desperta o interesse dos curiosos, mas a discrição e exclusividade seguem sendo a principal marca do projeto. Isso porque apenas os membros, que passam por um rigoroso processo de admissão, têm acesso aos serviços do clube. Entre os integrantes estão donos de empresas, celebridades e executivos de alto escalão do Brasil.
Inaugurado em dezembro de 2021 pelos sócios Davi Politanski e Felipe Lombardi, o Sweet Secrets é um clube de membros e espaço de eventos voltado para oferecer uma experiência exclusiva aos frequentadores. Atualmente, o projeto possui mais de 200 membros que pagam uma taxa de R$ 40 mil por ano. Segundo Politanski, o faturamento do membership cresceu 41% entre janeiro e outubro deste ano, se comparado ao mesmo período em 2023.
“O membership é uma linha de receita super importante desde o segundo ano do projeto. O clube tem uma anuidade que o membro paga para fazer parte. Isso está sendo bem aceito por conta dos vários benefícios. A gente realmente mantém a exclusividade só para membros e seus convidados”, afirma Politanski.
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Diante da adesão dos membros, o empreendedor ainda conta que o preço para fazer parte do membership cresceu 330% desde o lançamento. Inclusive, ele antecipa que o valor da anuidade terá outro aumento e passará a custar R$ 50 mil no próximo ano.
“Nós subimos esse preço por conta do valor agregado e os membros realmente reconhecem isso. Eles querem renovar e estamos adicionando novos benefícios”, diz.
Um dos benefícios é a realização de grandes eventos corporativos como o Talks e Insights. O primeiro foi criado com objetivo de reunir membros para discutir assuntos relevantes, a exemplo das novas dinâmicas de mercado, e já recebeu nomes como Kenneth (Hap) Klopp, co-fundador e CEO da The North Face por 20 anos; e Uri Levine, fundador da Waze. Já no Insights, mentores experientes do mundo corporativo se reúnem para compartilhar com seus mentorados orientações para que consigam solucionar os principais desafios de seus negócios.
Ainda de acordo com o cofundador, a realização dos eventos para empresas, que começou em 2023, é responsável por 50% do faturamento do Sweet Secret. “O projeto se transformou bastante. Hoje, os eventos corporativos são a nossa maior linha de receita, principalmente agora no final do ano”, aponta.
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O desempenho positivo do Sweet Secrets também está relacionado à nova gestão do CEO Brunno Bertozzi, informa Politanski. O especialista em gestão empresarial, que atuou como vice-presidente de inovação da Grandesc Saúde, começou no cargo em abril deste ano.
“Acho que o crescimento tem a ver com diversas coisas, a principal delas é a gestão, nós temos um novo CEO e ele definiu novos processos, tanto ferramentas quanto corte de custos.”
Sócios do Sweet Secrets na esq. e dir. e CEO Brunno Bertozzi ao centro
Gabriel Siqueira/Divulgação
Com o objetivo de seguir ampliando o faturamento do negócio, o empresário destaca a elaboração de novas linhas de receita e investimentos em parcerias com outras empresas. “Estamos desenhando melhor antes de abrir essa informação, mas uma delas é o foco em parcerias. Nós estamos falando de collabs e patrocínios. A ideia é se aproximar muito mais de marcas que se comunicam bem com o nosso projeto, tanto quanto a gente fala da loja de doces quanto do clube”, diz.
A depender do resultado das novas linhas de receita, Politanski ainda vislumbra a possibilidade de expandir o negócio para além da capital paulista.
“Existe sim o plano de expansão, acho que ele vai ser um caminho natural no médio prazo, curto prazo não, não está planejado. Nós não temos nem para onde exatamente, nem quando, mas já virou um caminho natural”, comenta.
*Participante do Curso Valor de Jornalismo Econômico, sob supervisão de Paulo Gratão.
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