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Casal empreende com marca de moda que fortalece cultura preta e hoje já vende até itens de decoração

Casal empreende com marca de moda que fortalece cultura preta e hoje já vende até itens de decoração


Tendência Black foi fundada em 2014 com o objetivo de utilizar a moda como ferramenta de empoderamento. Com estampas autorais, cerca de 200 peças são vendidas mensalmente Cintia Pereira, 36 anos, nasceu em Salvador (BA), mas há 10 anos mora no Rio de Janeiro (RJ). Em busca de renda extra nas terras cariocas, ela encontrou no mercado da moda uma oportunidade de negócio. Com o tempo, o que começou com customizações de roupas com defeito se tornou uma marca autoral focada em fortalecer a cultura preta, a Tendência Black. Atualmente, são vendidas cerca de 200 peças por mês a preço médio de R$ 150.
Foi motivada por um período de baixo fluxo de vendas no bar do marido que Pereira começou a buscar formas de complementar a renda da casa. Com o objetivo de fazer algo de baixo custo, a empreendedora apostou na compra de peças de roupas com defeitos que pudessem ser customizadas a partir de cortes e novas decorações.
Com as dificuldades enfrentadas na gestão do bar, o dinheiro das vendas das roupas passou a ser investido no estabelecimento. “Quando percebemos que as roupas estavam rendendo mais, e estávamos pagando as contas do bar com o dinheiro da customização, decidimos trabalhar com moda”, diz a empreendedora.
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Filha de costureira, Cintia voltou a Salvador para comprar material e aprender sobre a atividade com a mãe. Assim, com investimento inicial de R$ 600 para a compra dos primeiros itens necessários para a produção, Pereira fundou a Tendência Black, em 2014, em parceria com o marido Emanuel Bonifácio Pereira, 34 anos. A marca foi criada com o objetivo de utilizar a moda como ferramenta de empoderamento para o povo preto, com referências à cultura africana em todas as roupas.
Cintia Pereira, fundadora da Tendência Black
Divulgação
As primeiras peças, produzidas em um cômodo na casa do casal, traziam mensagens de empoderamento, estilo que ainda hoje prevalece entre as coleções da marca, com frases como “Respeita o Black” e “Vem black pra somar”. Depois, em parceria com uma amiga que produz estampas à mão, a empresa lançou a coleção Traços Originais, com desenhos exclusivos e em referência à cultura preta.
“Foi uma virada de chave, já que começamos a criar nossa própria estampa no tecido. Dali para frente, fomos criando outras coleções, sempre pensando em formas de referenciar nossos ancestrais e nossa cultura”, conta Cintia. De acordo com a empreendedora, a empresa busca parcerias sempre com artistas pretos a fim de fortalecer a economia e mão de obra preta.
Expansão
Em 2019, após o nascimento do primeiro filho, o casal criou um segundo negócio, a Vestindo Planta, que opera como uma extensão da Tendência Black, mas com CNPJs distintos. A marca, que conta com itens de decoração para casa feitos em linho, surgiu da paixão de Emanuel por plantas, que começou a se aventurar na produção das próprias estampas. Entre os produtos da marca, estão almofadas, toalhas de mesas e espreguiçadeiras.
Almofadas da Vestindo Planta
Divulgação
Além da segunda marca, com a pandemia, o casal deu início a um novo canal para gerar receita: um clube de assinatura. “Com o isolamento, nossas vendas online cresceram, mas ainda tínhamos medo da instabilidade. Na época, notamos que alguns clientes da Tendência Black estavam comprando com certa recorrência e pensamos em oferecer para esses consumidores um valor fixo por mês para que eles recebessem uma peça mensalmente”, diz Cintia.
O casal propôs a assinatura para 30 clientes conhecidos da empresa, com a expectativa de alcançar até 20 assinantes. “Para nossa surpresa, todos assinaram”, conta a empreendedora. Atualmente, a marca soma 70 assinantes no clube, que tem curadoria personalizada para cada cliente, que além do tamanho indica seu gosto para as roupas.
Além do clube de assinaturas, a empresa vende via redes sociais para todo o Brasil e participa presencialmente da Feira da Glória aos domingos, no centro do Rio de Janeiro, de onde vem a maior parte do faturamento.
Com cerca de 200 peças vendidas mensalmente na Tendência Black, com preço médio de R$ 150, os empreendedores planejam expandir o espaço de produção, que começou em um quarto de 9 metros quadrados e passou a ocupar a área externa da casa do casal. A expectativa dos empresários, que contam com o apoio de três costureiras para a produção das peças, é inaugurar um novo ateliê, de 92 metros quadrados, em dezembro deste ano.
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