Carole Crema fecha loja para focar em fábrica e mira faturamento mensal de R$ 1,5 milhão
Operação remodelada será direcionada a atender B2B e, a partir do segundo semestre, e-commerce e delivery. De acordo com ela, decisão de fechar loja com 23 anos de existência foi “estratégica” A confeiteira e empreendedora Carole Crema anunciou nesta semana que está fechando sua loja, no bairro dos Jardins, em São Paulo, para focar na produção da sua fábrica e nos negócios B2B. Com o redirecionamento — e a abertura de um centro de distribuição para atender pedidos via e-commerce e delivery para o consumidor final, previsto para o segundo semestre deste ano —, Crema pretende aumentar o faturamento mensal da empresa de R$ 800 mil para R$ 1,5 milhão até o fim de 2025.
“A loja foi virando para mim uma coisa afetiva, a minha casa, meu lugar, onde eu encontro as pessoas. O foco foi naturalmente indo para para a fábrica, até porque é onde eu dou expediente, porque ali tem o administrativo, a cozinha. A loja, apesar de ser uma delícia, consome energia”, conta, sobre a decisão de fechar as portas da Carole Crema Doces, aberta há 23 anos.
De acordo com ela, a mudança de core business foi estratégica. “A loja vai muito bem. Foi uma decisão de negócios mesmo”, afirma.
Segundo a empreendedora, a decisão vinha sendo protelada há algum tempo, mas foi tomada finalmente no último mês. “Estava chegando a época da Páscoa, eu decidi que era o momento, e fluiu. Como tudo o que faço na vida, arranquei o band-aid”, diz. “Estou me preparando para o luto, mas ainda não sei o que vou sentir. A ideia de compartilhar está sendo muito boa também, como um velório”, brinca sobre o período de despedida que organizou. A confeiteira fará um bota-fora na loja, de 18 a 28 de fevereiro. Estarão à venda maquinário, mobília e eletrodomésticos, entre outros objetos.
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Na nova fase, Crema espera concentrar 70% das vendas em produtos que já estão em seu portfólio: massa de brigadeiros, honeycombs (crocante de mel), chips de brownie, choux (espécie de carolina recheada) e bolo de coco, grande carro-chefe da marca. Hoje, estes itens representam 30% das vendas do b2b.
Há ainda uma linha de cheesecakes em desenvolvimento, e o trabalho sob demanda segue. “Até hoje o meu trabalho é caso a caso. Eu sou a confeiteira do restaurante ou da cadeia, sem ser da cadeia do restaurante”, diz. Crema afirma que a meta de dobrar o faturamento e triplicar a produção não é fácil, mas “possível atingir com a energia colocada no lugar certo”.
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O centro de distribuição, que vai atender o consumidor final, ainda não tem ponto certo, mas também deve abrigar um showroom, para que a confeiteira possa receber clientes como fazia na loja.
A partir de agora, o foco de Crema deve estar voltado para fazer as engrenagens da nova empreitada funcionarem neste ano, mas projetos paralelos seguem a todo vapor. Além de apresentar o reality show “Bake Off Brasil”, no SBT, ela deve lançar um livro, um canal no YouTube e uma coluna online direcionada a pequenas confeiteiras, com dicas de empreendedorismo.
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