Calçados Bibi investe R$ 1 milhão em loja conceito e vendas crescem 80% em um mês
Unidade escolhida foi a primeira da marca, em Parobé (RS). Ponto de venda virou “caixa de sapato” e foca na experiência do cliente, com escorregador e cafeteria A experiência do cliente está no centro da estratégia de crescimento da Calçados Bibi, marca que já é a maior rede de calçados infantis do Brasil. A empresa conta com mais de 145 lojas e vem apostando em mudanças focadas na interação e imersão dos clientes nas unidades. Os resultados já começaram a aparecer. Após a reinauguração do primeiro ponto de venda da marca, em Parobé (RS), sede da empresa, a unidade que agora se apresenta como uma loja conceito registrou um crescimento de 80% nas vendas já no primeiro mês.
Batizado de Bibiland, o espaço está localizado em frente à fábrica da empresa em um ambiente de 200 m² que agora inclui ativações pensadas para proporcionar uma experiência lúdica e interativa para crianças e famílias. De acordo com a companhia, a reforma contou com um investimento superior a R$ 1 milhão e tinha como expectativa um aumento de 30% nas vendas no primeiro mês.
“A loja traz muito do que tem se falado sobre o novo varejo, que é um varejo de conexão, mais humanizado. Temos na Bibiland uma versão maior do que já estamos aplicando em outras unidades, buscando gerar conexão e engajamento com os consumidores”, diz Camila Kohlrausch, diretora de marketing e varejo da empresa.
Os diferenciais da loja Parobé, reinaugurada no dia 29 de março, vão da arquitetura, que foi inspirada em uma caixa de calçado, replicando as cores e desenhos da embalagem oficial, até atrações no interior do espaço, como um escorregador que contorna a parte interna da loja, um balão “instagramável” em que as crianças podem entrar e tirar fotos, uma piscina de bolinhas e um brinquedão.
A unidade também conta com uma parceria com a rede de cafeterias Café Cultura. “Fizemos uma versão adaptada e mais infantil de um café para que a loja seja também um espaço de lazer para os pais”, aponta Kohlrausch.
Para a diretora de marketing e varejo, além do resultado direto no aumento das vendas na unidade, a loja conceito ainda aumenta a visibilidade à marca. “Ela acaba trazendo muitos leads para os franqueados e até mesmo para novos parceiros internacionais. Ela funciona para a ampliação da marca nesse sentido, podendo levar até mesmo a novos negócios”, comenta.
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Na prática, a estratégia que foca na experiência dos consumidores já está gerando resultados para outras lojas da companhia, que contam com um tamanho médio de 35 m² a 40 m². De acordo com a empresa, as unidades que já passaram pelo novo retrofit vêm registrando um crescimento de 30% das vendas. “Mesmo nas lojas pequenas, buscamos trazer experiências para as crianças com um tênis gigante, pula-pula, tatuagens infantis e até uma máquina de personalização”, afirma Kohlrausch.
A estratégia da empresa também inclui colaborações com outras marcas que reforcem a capacidade de conexão com os consumidores. Nesse movimento, a companhia lançou este ano uma nova coleção em parceria com a Disney. Com os produtos do estúdio de animação, a empresa obteve uma média de crescimento mensal de 11%. Segundo Kohlrausch, novas collabs já estão projetadas para o segundo semestre.
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Fundada em 1949 como uma indústria, a Calçados Bibi trabalha há 17 anos no varejo. Hoje, a empresa conta com fábricas em Parobé (RS) e em Cruz das Almas (BA) e produz mais de 2,6 milhões de peças ao ano, com comercialização em mais de 60 países. No Brasil, além das vendas em lojas da marca, o negócio conta com e-commerce próprio e presença em 3 mil pontos de venda multimarcas.
Sem previsão de lançamento de novas lojas no formato da Bibiland, a empresa afirma que os próximos passos da expansão da marca mantêm o olhar para os desejos dos consumidores. “Essa é uma agenda bem importante. É com base nesse olhar que entendemos o que o cliente quer da marca. É a partir disso que queremos continuar trazendo inovação para o mercado”, diz Kohlrausch. No Brasil, 20 novas operações são previstas para este ano. No mercado internacional, a marca trabalha com um projeto a longo prazo, no qual projeta chegar a 100 operações até 2030.
