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Brasileiro cria franquia de escola de música que dá aulas de bateria até na China

Brasileiro cria franquia de escola de música que dá aulas de bateria até na China


Dino Verdade fundou a Bateras Beat em 1992, em Brasília (DF), e hoje tem 50 unidades, sendo 13 no exterior O sonho de trabalhar com música levou o empreendedor Edson Martins da Costa Verdade, 57 anos, conhecido como Dino Verdade, a abrir a primeira unidade da Bateras Beat em Brasília (DF), em 1992. “Eu queria ser baterista, mas não queria viver de cachê”, conta. Na época com 23 anos, ele trancou a faculdade de Direito para empreender. No início, o foco da escola era ensinar a tocar bateria, uma lacuna que ele havia percebido no mercado. Hoje, a rede tem 50 unidades, sendo 37 no Brasil e 13 divididas entre Itália e China. No ano passado o faturamento foi de R$ 38 milhões.
Verdade conta que iniciou a escola com uma metodologia própria e atraiu mais de 200 alunos. Dez anos depois, ele resolveu se mudar para São Paulo e abriu a segunda unidade na capital paulista. Quando arrendou a operação original para um empreendedor local, foi que começou a ver a oportunidade de crescer por meio de franquias. Em 2006, após a formatação do negócio, iniciou a expansão.
O portfólio educacional começou a ser ampliado seis anos depois — hoje, há aulas que vão de guitarra e flauta a canto e saxofone. “Percebi que estava perdendo oportunidades. Um pai vinha com dois filhos, mas um gostava de bateria e o outro de guitarra”, diz. Na época, a rede tinha cinco unidades. Assim, a escola passou a ensinar outros instrumentos e trouxe uma nova fonte de receita para os franqueados.
A internacionalização começou na mesma época: um aluno italiano passou quatro anos vindo fazer as aulas no Brasil, até que Verdade resolveu sugerir que o estrangeiro levasse a metodologia para sua cidade-natal. “Ele aprendia muito rápido”, lembra. Dessa forma, a marca começou a atravessar fronteiras. “Esse aluno começou a dar aula com o método e depois abriu uma escola na ilha da Sardenha”, diz. Hoje a Bateras tem oito unidades na Itália.
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De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), 205 marcas brasileiras têm presença no exterior, com unidades próprias, franqueadas, máster franchising, desenvolvedor de área, exportação e joint ventures. O principal destino são os Estados Unidos, seguido por Portugal e países vizinhos, como Paraguai.
Verdade diz que na Bateras Beat o movimento de exportação foi um pouco diferente do que costuma acontecer com outras marcas. “Sempre falam muito sobre a importância de pesquisar sobre o mercado. Eu não tive essa etapa de planejar e estudar, as oportunidades apareceram, e eu abracei”, diz. A estratégia foi reconhecida pela própria ABF, no Prêmio Destaque Internacionalização 2024.
A marca foi para o outro lado do mundo também por uma oportunidade: o músico chinês Louis Lu buscava parcerias para levar música brasileira para o seu país e procurou Verdade. “Começou como uma parceria para usar minha metodologia”, diz. O empreendedor visitou o país em 2019 e 2020 e ficou impressionado, mas a pandemia acabou pausando as viagens e negociações.
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No fim de 2023, Verdade voltou à China para fazer shows em parceria com Louis Lu. Lá, fechou contrato com o músico para virar a bandeira de quatro escolas, que abriram como Bateras Beat neste ano. “Tive que adaptar a metodologia, pois os alunos lá são mais novos, de 5 a 12 anos”, conta. Além disso, as aulas costumam ser em grupos, enquanto no Brasil são individuais.
Dino Verdade, fundador da Bateras Beat, com as franqueadas Xiaonan e Susan.
Divulgação
O investimento inicial para se tornar um franqueado é a partir de R$ 400 mil, já incluindo a taxa de franquia, capital de giro e instalação. O faturamento médio mensal é em torno de R$ 93,5 mil, com lucro de 28%. O retorno estimado é entre 18 e 24 meses. A mensalidade da Bateras Beat varia de acordo com a praça. Em São Paulo, por exemplo, o tíquete médico fica em torno de R$ 550.
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O empreendedor adianta que está desenvolvendo em um novo formato de escola, com o intuito de levar a marca para cidades menores. A ideia é que as franquias tenham apenas uma sala – atualmente, as escolas têm três. “Isso também pode trazer empreendedores que não têm condições de investir em uma escola completa”, diz Verdade.
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