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Brasil cria 257.528 vagas formais no mês de abril, acima do esperado pelo mercado

Brasil cria 257.528 vagas formais no mês de abril, acima do esperado pelo mercado


Saldo do mês foi resultado de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos, o salário médio de contratação ficou em R$ 2.251,81 Em abril, o Brasil gerou 257.528 vagas de emprego com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. O resultado ficou acima das projeções de analistas, que estimavam a criação de 170 mil postos formais no mês.
O número ficou acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando foi registrada a criação de 239.886 novos postos de trabalho.
No período deste ano, foram registradas 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos, resultando em um saldo positivo de vagas. No acumulado de 12 meses, entre maio de 2024 e abril deste ano, foram abertas 1.641.330 vagas. Já no acumulado do ano, de janeiro a abril, o saldo é de 922.362 empregos formais.
O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.286,82, uma alta de R$ 15,96 em relação ao mês anterior (R$ 2.235,85).
Os dados fazem parte do Novo Caged, sistema do governo que acompanha as admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada e serve de referência para políticas públicas no mercado de trabalho.
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O economista-chefe do Bmg, Flávio Serrano, destaca que o resultado supero “e muito” as projeções de analistas — a própria Bmg estimava a criação de cerca de 180 mil postos para este mês.
— Pela segunda vez no ano, o CAGED superou (e muito) as projeções dos analistas, reforçando a visão de que o mercado de trabalho continua aquecido no Brasil — disse.
Serrano também pontuou que a dinâmica “extremamente robusta” do mercado de trabalho segue sendo um contraponto ao cenário de desaceleração da atividade econômica.
— O dado de hoje, aliado a outras informações sobre o mercado de trabalho, como taxa de desemprego e rendimento médio real, segue sendo um desafio para o Banco Central na condução da política monetária. Ainda assim, esperamos que o COPOM mantenha a taxa básica de juros inalterada na reunião de junho, que acontecerá nos dias 17 e 18 do próximo mês.
Juros altos e “bússola mais calibrada”
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a criticar o nível elevado da taxa de juros e defendeu que o Banco Central reavalie sua condução da política monetária. Ele ressaltou que o governo tem feito esforços para manter a economia funcionando, apesar das dificuldades.
— Estamos fazendo quase um milagre para segurar a economia funcionando, porque de fato os juros estão excessivamente elevados. O empresariado está reclamando dos juros e agente sempre alerta para a bússola do BC ser melhor calibrada do ponto de vista de pensar o futuro — disse o ministro durante coletiva.
— Em algum momento, pode perder a nossa capacidade de segurar o funcionamento da economia como nós estamos segurando — completou.
Questionado sobre a proposta de mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e nos vales alimentação e refeição, o ministro afirmou que o governo pretendia concluir o debate no fim de maio, o que não será mais possível.
— Estamos discutindo isso. O acúmulo de agenda tem atrasado um pouco. Queríamos ter até o final de maio, mas confesso que não vamos ter condições. Na minha opinião não pode, de maneira alguma, passar de junho.
Setores que mais contrataram
No acumulado do ano, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo. O maior crescimento ficou para o setor de serviços, com saldo de 136.109 postos formais de trabalho.
Serviços (+136.109);
Comércio (+48.040);
Indústria (+35.068);
Construção (+34.295) e,
Agropecuária (+4.025).
Desempenho por estado
Entre as 27 unidades da federação, todas registraram saldos positivos. Os maiores volumes de contratações foram observados em São Paulo (+72.283), Minas Gerais (+29.083) e Rio de Janeiro (+20.031).

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