Babá de luxo comanda agência que atende famílias ricas e cobra R$ 2,8 mil por dia: ‘Adoro, mas é exaustivo’
A britânica de 28 anos é a fundadora da SuperyachtNanny.co, agência especializada no recrutamento de babás em viagens que cruzam o Mediterrâneo a bordo de embarcações de alto padrão Enquanto muitas babás têm rotinas previsíveis, Ella Peters percorre o sul da França em superiates milionários, pilota jet skis pelas águas de Capri e organiza atividades infantis entre paradas em vilarejos costeiros. Aos 28 anos, a britânica comanda a SuperyachtNanny.co, agência especializada no recrutamento de babás para famílias ultrarricas que cruzam o Mediterrâneo a bordo de embarcações de alto padrão.
Há quase uma década no setor, Peters transformou o cuidado infantil em alto-mar em um negócio lucrativo e exclusivo. Durante a alta temporada, de junho a agosto, ela é contratada por famílias dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio para acompanhar as crianças em viagens que podem custar mais de US$ 1 milhão por semana.
Seus serviços exclusivos a bordo rendem cerca de US$ 500 (R$ 2,8 mil) por dia — sem contar as gorjetas generosas, que frequentemente ultrapassam quatro dígitos. Apesar do luxo, Peters revela que o ritmo a bordo é intenso. “Levanto antes das crianças, tento tomar um café em paz e, depois disso, é só ir, ir, ir”, afirma em entrevista ao NY Post. “Eu adoro o trabalho, mas é exaustivo.”
Com formação em primeiros socorros pediátricos, segurança aquática e licença para operar jet skis, Peters entrega uma experiência de entretenimento e segurança para os pequenos herdeiros.
Ela organiza atividades como artesanato, esportes aquáticos, passeios em vilarejos costeiros e refeições em estilo familiar, seguindo uma rotina estruturada e cheia de estímulos. “À noite, dou o jantar para as crianças enquanto os pais se preparam para os planos da noite”, afirma. “Depois, é hora de dormir.”
Dependendo do tamanho do superiate, ela pode ter seu próprio quarto, beliches com os bebês ou dividir o alojamento com um membro da tripulação.
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A babá Kathryn Lord também construiu sua carreira acompanhando famílias bilionárias ao redor do mundo, vivendo experiências marcadas pelo luxo e pela extravagância. Viajou em primeira classe com chefs particulares, foi servida por mordomos e presenciou o cotidiano de famílias com cozinheiros e massagistas de plantão 24 horas por dia.
Ela se lembra de quando recebeu o cartão de crédito do patrão com a instrução de jamais dizer “não” à criança — embora tenha imposto alguns limites. Apesar de valorizar a experiência com famílias bilionárias, ela admite que, se pudesse mudar algo, seria reconhecer melhor o valor do próprio tempo — já que, em algumas ocasiões, sentiu-se explorada e sobrecarregada por não conseguir impor limites. Ainda assim, considera que a convivência com as crianças compensava os desafios.
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Quem também viveu experiências semelhantes foi BB Smalls, de 44 anos, que atuou como babá de chefes de Hollywood, estrelas do rock e bilionários. Durante sua carreira, acumulou viagens em primeira classe e dias de compras em grifes como Chanel e Louis Vuitton — tudo isso a trabalho. “Já estive em todos os lugares: Maui, Taiti, Londres, Itália, Escócia”, afirma.
Apesar dos privilégios, nem todas as experiências foram glamourosas. Certa vez, foi contratada por uma família de Bel Air que exigia que ela não fosse vista durante as viagens — nem mesmo durante seus momentos de descanso, em que era obrigada a ficar em seu quarto. Hoje, aposentada do ramo, vive no Texas, nos Estados Unidos, e se dedica à criação de conteúdo.
Já Sarah Leonard, de 25 anos, encontrou uma rotina mais leve nos mares. A babá passou os últimos verões em superiates com uma família de influenciadores sul-africanos, explorando a costa da Grécia, Turquia e Itália. Ex-salva-vidas e mergulhadora de resgate certificada, ela se candidatou à vaga após ver um anúncio no Facebook. A função era voluntária e, em troca, ela recebia hospedagem com suíte privativa e participação nas refeições em família. “Consigo vivenciar o mundo por meio dos olhos dessas crianças. É mágico.”
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