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Atual campeã do PITCH, do Web Summit Lisboa, Inspira levanta rodada de olho em atrair mais clientes


Legaltech quer colocar mais ferramentas no portfólio e se posicionar melhor no mercado. Valor não foi revelado No ano passado, a legaltech Inspira trouxe o troféu do PITCH, competição para startups no Web Summit Lisboa, para o Brasil depois de derrotar outras 105 empresas de base tecnológica. A conquista do prêmio despertou nos fundadores o desejo de ir ao mercado e levantar a primeira rodada de investimento institucional da startup. “Deu energia. A vitória no concurso mostrou que estávamos fazendo um negócio legal”, conta Rafael Grimaldi, cofundador e CEO da Inspira.
A startup atraiu a Wayra Brasil, fundo de corporate venture capital early stage da Vivo, os grupos de anjos Urca Angels, Gávea Angels e Sanfran Angels, e um scout fund da a16z – estratégia adotada pela gestora norte-americana para encontrar e acompanhar startups que ainda não estão no tamanho para seus cheques. O valor da rodada não foi divulgado, e Grimaldi revela que, além dos recursos, a ideia era trazer bons sócios para o negócio e se posicionar melhor no mercado.
Fundada em 2021 por Grimaldi, Cauê Amaral, Henrique Ferreira e Ricardo Verhaeg, a Inspira é uma ferramenta que utiliza inteligência artificial para trazer mais eficiência e produtividade para escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas.
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Parte do capital será direcionada para ampliar o portfólio de ofertas de soluções. “A primeira escolha de produto foi de pesquisa, onde começamos com mais força. A ideia de trazer recursos era acelerar o desenvolvimento de outras tarefas, como escrever peças dentro da plataforma, revisar textos com auxílio de IA. Quanto antes eu tiver uma gama maior de tarefas, mais cedo eu encontro meu cliente e mais tempo ele passará na plataforma”, comenta o CEO. Ele acrescenta que os testes já indicaram 90% de eficiência da tecnologia para ler intimações e elaborar relatórios, e o próximo passo é escalar a ferramenta, acoplando ao produto inicial de pesquisa.
Outra parcela do aporte será destinada para dobrar a estrutura de canais para aquisição de clientes. “Vamos reforçar o que já funciona e começar a atrair organicamente o cliente, em vez de ir atrás dele, aproveitando quem pesquisa sobre o tema, mostrando que existe uma empresa para resolver aquela dor”, diz.
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A Inspira já era a solução utilizada pelo departamento jurídico da Vivo, além de escritórios de advocacia com quem a Wayra tem contato. O feedback foi positivo, o que levou ao cheque. “É o nosso primeiro investimento em IA Generativa. O mercado jurídico é complexo e a tecnologia pode fazer a diferença trazendo a informação de forma mais fácil para o cliente. A plataforma da Inspira está sempre online, enquanto antigamente era preciso ir a cada juizado para buscar dados de forma analógica”, aponta Wana Schulze, head de investimentos e de portfólio da Wayra Brasil.
Grimaldi vê o aporte como uma oportunidade de ampliar a presença dentro da multinacional, além de uma chancela importante para chegar a outros clientes com dinâmicas parecidas. “A área de telefonia tem um dos maiores contenciosos do país. Tem muita coisa legal para automatizar com IA, inúmeras possibilidades de trabalho em conjunto”, afirma.
A Inspira atende mais de 170 clientes – em 2022, encerrou o ano com 34 contratos. A maioria são escritórios de advocacia, por conta do caminho adotado no início da empresa: boa parte dos cofundadores trabalhou em firmas e divulgou o negócio para a rede de contatos. 10 mil usuários utilizam a plataforma atualmente e uma das estratégias é crescer dentro dos clientes, aumentando a relevância em áreas que ainda não utilizam a solução.
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A composição atual da base de clientes é de 80% de escritórios para 20% de departamentos jurídicos – Grimaldi acredita que a proporção deve se manter. “O mercado jurídico brasileiro é altamente fragmentado, existem 20 mil escritórios no país. Os departamentos jurídicos estruturados são poucos, de grandes empresas, um menor contingente em termos quantitativos”, declara. No ano passado, a Inspira cresceu 453% em receita em comparação com 2022. Neste ano, a previsão é crescer 200%.
Outra oportunidade que surgiu com a vitória no Web Summit Lisboa em 2023 foi atender clientes em Portugal. “Nem tínhamos começado a conversa sobre internacionalização, mas muitos escritórios e até bancos portugueses procuraram a gente após a competição”, conta Grimaldi.
Em 2025, a Inspira pretende entrar de forma robusta no país e continuar compreendendo como outra jurisdição entende a tecnologia. Apesar do tamanho do problema no Brasil, o CEO não descarta a entrada em outros países no futuro, iniciando pela Espanha – aproveitando o apoio da Wayra e da Telefónica, empresa espanhola.
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