Artesã transforma técnica da avó em negócio que fatura R$ 40 mil por mês
Milena Curado resgatou tradições do bordado livre em Goiás e gera renda dentro e fora do sistema prisional Em Goiás Velho, antiga capital de Goiás, um bordado feito à mão costura não apenas linhas, mas também histórias de tradição, liberdade e empreendedorismo social. A artesã Milena Curado aprendeu a técnica com sua avó ainda criança e transformou esse saber em um negócio que hoje fatura cerca de R$ 40 mil por mês e que também oferece oportunidades para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Com um investimento inicial de apenas R$ 500, Milena deu início à produção artesanal ao lado da mãe e da avó, Wanda Curado. Duas décadas depois, sua marca ocupa lugar de destaque na cidade, sendo reconhecida como parte do patrimônio cultural e material goiano.
Feitas com algodão, fibra natural e sustentável, suas peças são bordadas com o chamado “bordado livre” ou “bordado antigo”, técnica que carrega memória, identidade e homenagens a figuras históricas da região, como a escritora goiana Cora Coralina.
O sucesso da produção levou ela a buscar novos caminhos para expandir sem perder o propósito. Foi então que, ao visitar a unidade prisional da cidade, conheceu cinco mulheres privadas de liberdade e decidiu ensiná-las a bordar. As internas começaram a produzir e receber por peça entregue e, nos dias de visita, passaram os ensinamentos aos maridos, que também aderiram à técnica.
Um dos exemplos mais marcantes é o de Denis, que aprendeu a bordar com a esposa ainda na prisão. Em liberdade há 10 anos, hoje ele participa da produção e sonha em empreender. “O bordado significa liberdade para mim”, afirma.
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Além do projeto com os detentos, a empreendedora também emprega costureiras locais, reforçando seu compromisso com a valorização do trabalho manual e com a economia regional.
A costura que começou com amor de avó hoje gera renda, dignidade e cultura. E tudo isso, ponto por ponto. Assista a reportagem completa, que foi ao ar no programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da Globo.
Artesã fatura R$ 40 mil por mês com bordados artesanais feitos de algodão