Amigos criam startup que ajuda hospitais a melhorar indicadores e faturam R$ 4,2 milhões
A Wellon, startup baiana, já atendeu mais de 800 unidades de saúde no Brasil e mira faturar R$ 6,5 milhões neste ano A Wellon, uma healthtech fundada por três amigos em Feira de Santana, na Bahia, tem a proposta de transformar a comunicação entre instituições de saúde e pacientes. Criada em 2020 por Eduardo Nunes, Marcel Andrade e André Nobre, a empresa já atendeu mais de 800 unidades de saúde no Brasil e espera faturar R$ 6,5 milhões em 2025, após fechar 2024 com um faturamento de R$ 4,2 milhões.
A história da Wellon começou com um desafio proposto em 2019 pelo Hospital Estadual da Criança, em Salvador. O objetivo era criar uma pesquisa de satisfação capaz de entrevistar 40% dos pacientes, a fim de atender às exigências do governo estadual. Andrade, que na época era gerente de um grupo de medicina diagnóstica, chamou Nunes e Nobre, amigos e empresários locais, para desenharem juntos uma ferramenta robusta. Foi o embrião do que viria a ser a startup.
O trio desenvolveu uma plataforma que acompanha a jornada completa do paciente, desde o agendamento de consultas, exames até a pesquisa de satisfação. A ferramenta também se integra aos sistemas de gestão hospitalar (ERPs), permitindo comunicação personalizada via WhatsApp. “Nossa tecnologia elimina barreiras, agiliza processos e aumenta a eficiência das instituições de saúde”, diz Nobre.
No início, conta Nunes, o desafio foi fazer a startup ficar reconhecida no segmento. “Nosso primeiro passo foi identificar clientes estratégicos em cada região onde planejávamos crescer. Além disso, investimos em participação de eventos da área da saúde, que são significativamente mais caros do que em outros setores. Nosso crescimento esteve muito ligado a esse esforço inicial de criar autoridade e reconhecimento. A ideia era que ao abordarmos alguém, esse cliente já tivesse ouvido falar de nós”, relata o empreendedor.
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Hoje, a startup ajuda também hospitais a melhorar indicadores importantes, como a taxa de retorno de pacientes. Segundo Nunes, ao utilizar a plataforma, hospitais podem reduzir o tempo médio de retorno de 48 para 19 meses, dobrando a quantidade de atendimentos anuais. O tíquete médio da solução é de aproximadamente R$ 2 mil, mas varia conforme o tamanho da empresa, com clientes pagando até R$ 20 mil por mês.
“Nosso foco é voltado, principalmente, para empresas de médio e grande porte no setor de saúde. Estabelecemos alguns critérios mínimos, como a realização de pelo menos 2 mil atendimentos mensais”, afirma Nunes.
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Em 2021 e 2022, a Wellon recebeu aportes da WOW Aceleradora e atraiu investimentos do fundo japonês BVC e da Stamina Ventures, totalizando R$ 1,1 milhão. Os recursos foram direcionados à formação de uma equipe comercial mais estruturada, que contribuiu para um aumento de 60% no faturamento.
Para 2025, a healthtech planeja expandir sua presença no Brasil com novos representantes em regiões como Centro-Oeste e Sul, além de incorporar tecnologias de inteligência artificial ao atendimento. “Estamos investindo em soluções que tornem o atendimento mais natural, mas com muito cuidado, porque estamos lidando com a saúde das pessoas”, ressalta Nunes.
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